Em apenas um ano, os alunos do programa Aprendiz Cooperativo da Unimed Belém obtiveram conhecimentos variados com base nos princípios cooperativistas. Crescimento profissional, pessoal e humano que levarão para toda a vida. Para encerrar esse ciclo com chave de ouro, as turmas realizaram atividade com apresentação dos trabalhos finais do curso.
Os alunos da tarde abordaram sobre o panorama geral do Cooperativismo e suas implicações no âmbito das relações interpessoais.
Já a turma da manhã produziu materiais audiovisuais com cooperativas participantes da Feira de Negócios do Cooperativismo (FENCOOP) e com empreendedores da capital paraense.
Confira nos links:
Vemtimbora Empreender: https://www.youtube.com/watch?v=I4cazv-LfmY&t=47s
Cooperativas da FENCOOP:
https://www.youtube.com/watch?v=uVNceG9qR14
A representação política das cooperativas será fortalecida com a retomada da Frente Parlamentar em Defesa do Cooperativismo (FRENCOOP). Em articulações na Assembleia Legislativa do Pará (ALEPA), a deputada estadual professora Nilse Pinheiro encaminhou projeto de resolução para a presidência da casa, cuja finalidade é reiniciar a Frente. A primeira ação foi a audiência pública promovida pela deputada na ALEPA, na última sexta (03), para esclarecer sobre as principais demandas do setor.
Em março, Nilse Pinheiro iniciou diálogo com o Sistema OCB/PA, se comprometendo em reativar a FRENCOOP. Foram recolhidas as assinaturas dos parlamentares para o projeto de resolução em Sessão Ordinária da Alepa na última semana, na qual todos os presentes sinalizaram positivamente, totalizando 28 deputados integrantes. O projeto segue para deferimento do presidente da Alepa, Daniel Santos.
“Após essa aprovação, faremos a primeira reunião ainda neste mês, convocando todos os que assinaram. Teremos esse primeiro crivo para identificar quem realmente assumirá a luta pelos direitos das cooperativas com efetividade. O Sistema OCB/PA também participará deste momento, orientando acerca das pautas prioritárias com maior profundidade para definirmos nosso plano de ação”, enfatizou professora Nilse Pinheiro.
A prioridade do segmento cooperativista é a regulamentação da Lei Estadual 7.780, que define a política de apoio ao cooperativismo do Pará. As reivindicações foram apresentadas pelo presidente do Sistema OCB/PA, Ernandes Raiol, na audiência pública da última sexta (06). Com o tema “Os caminhos do Empreendedorismo e Cooperativismo no Pará”, a sessão reuniu integrantes da sociedade civil, instituições públicas e parlamentares. Além do Sistema OCB/PA, estiveram presentes representantes do SEBRAE/PA, Banpará, Sindicombustível, a secretária adjunta da Secretaria Estadual da Fazenda, Simone Morgado e o deputado estadual Osório Juvenil.
A lei foi apreciada e aprovada pela ALEPA no dia 26 de dezembro de 2013 por unanimidade e em tempo recorde, sem oposições ou ressalvas. No mesmo ano, o Governo sancionou a lei que versa sobre um conjunto de diretrizes e regras voltadas para o incentivo à atividade. Foram criados mecanismos que, na teoria, estimulam o contínuo crescimento, prestação de assistência educativa e técnica às cooperativas, além de incentivos financeiros, econômicos e fiscais.
Entretanto, a lei foi aprovada, mas não regulamentada, o que impossibilitou os efeitos diretos desse amparo legal. A FRENCOOP buscará a regulamentação de diversos pontos da Lei 7.780, dentre os quais, sete medidas estratégicas: A criação do Conselho Estadual do Cooperativismo; A inclusão do cooperativismo na rede de ensino estadual; Criação do Fundo Estadual do Cooperativismo; Assentos para a Organização das Cooperativas Brasileiras no Pará em Secretarias Estaduais e na Junta Comercial do Pará; Diferimento Fiscal para as cooperativas; Consignação dos Servidores nas Cooperativas de Crédito; Aplicação Da Condição De Igualdade Nos Processos De Contratação Estadual.
A regulamentação é de competência do poder executivo estadual, que inclusive demonstrou sinalização positiva para o processo ainda no período de campanha. O vice-governador, Lúcio Vale, participou do lançamento da agenda política do cooperativismo paraense no ano passado, assinando o compromisso de contribuir para o crescimento do setor.
Após a organização da FRENCOOP, a Frente iniciará as articulações políticas junto ao governo para regulamentar a lei com encaminhamento de projeto indicativo. “A Lei já esta pronta. Apenas precisamos fazer a indicação para o nosso governador. Acredito que ainda neste ano teremos uma legislação regulamentada que apoie nossas cooperativas. Tenho certeza que, juntos com o apoio de cada cooperativista, iremos avançar. Coloco nosso mandato à disposição do cooperativismo para que se tornar uma pauta continuada diariamente no parlamento”, completou Nilse Pinheiro.
Ao longo de todo o Pará, há diversas singulares bem estruturadas, competitivas e com mercado a ser explorado, mas que carecem de apoio para alçarem voos maiores. Regulamentando os pontos destacados, a Lei facilitará a operacionalização de vários segmentos cooperativistas, gerando renda, emprego e receita para o Estado.
“É uma ação estratégica para fomentar o desenvolvimento socioeconômico do povo paraense, criando-se um ambiente de negócio favorável ao empreendedorismo cooperativo. Nossa expectativa é muito grande com o apoio da deputada Nilse Pinheiro, que está demonstrando, não somente com discursos, mas com ações práticas, que estará na frente das discussões sobre o cooperativismo na Assembleia Legislativa do Pará”, afirmou Ernandes Raiol.
De um lado, chocolate da transamazônica. De outro, crédito democrático e vantajoso. A cada corredor da FENCOOP, havia um segmento de negócio diferente e surpreendente, um mundo a ser melhor explorado. Tamanha diversidade encantou a cada visitante que participou da Feira de Negócios do Cooperativismo. A programação foi uma oportunidade para os paraenses conhecerem de perto o que são as cooperativas.
Celso Martins Golveia, empresário do ramo agrícola, veio de Paragominas para um atendimento médico e, passeando pela Estação das Docas, se encantou com as singulares do ramo agropecuário.
“O evento foi bastante interessante, porque divulga o que o Estado produz. Não sabia que havia fábrica de chocolate no Pará. Imaginava que só tínhamos o produto bruto, sem verticalização. E é muito bom. Comprei tanto o licor de cacau quanto as barras chocolate da CacauWay”.
Já o empresário Edvaldo Nascimento de Souza foi à FENCOOP com intenção de se informar sobre o passo a passo da constituição de uma cooperativa. A intenção é organizar os moradores de seu condomínio em uma singular para a montagem de uma mini-usina fotovoltaica, distribuindo os créditos energéticos entre os cooperados.
Para realizar esse grande projeto, obviamente, o grupo precisa de crédito e Edvaldo encontrou diversas vantagens nas cooperativas financeiras. “Visitei os estandes do Sicredi e do Sicoob. Já os conhecia através dos comentários de familiares que são associados, mas não tinha muita aproximação. Fizemos um grupo de perguntas e faremos uma visita na sede das cooperativas para nos aprofundarmos ainda mais”.
Em relação ao perfil do publico de visitantes, a FENCOOP recebeu empresários, entidades governamentais, cooperativas e estudantes, que possibilitarão geração de novos negócios por meio da intercooperação. De acordo com dados levantados entre os expositores, a Feira possibilitou perspectiva de negócios futuros para 96% das cooperativas.
“Alcançamos um dos nossos objetivos nevrálgicos, relacionado ao reconhecimento do cooperativismo por parte da sociedade paraense. Os nossos produtos e serviços já são consumidos, porém, não se tinha a percepção de que constituem um modelo de negócio diferenciado. Creio que, doravante, o cooperativismo fará parte do dia a dia do paraense de modo mais expressivo”, afirmou o presidente do Sistema OCB/PA, Ernandes Raiol.
Geração de novos negócios, reconhecimento por parte da sociedade paraense e avanços na representação política foram alguns dos expressivos resultados gerados pela Feira de Negócios do Cooperativismo (FENCOOP). A programação recebeu cerca de 5 mil pessoas ao longo dos dias 24 a 26 de abril na Estação das Docas. No total, a FENCOOP movimentou R$ 2,3 milhões para as cooperativas.
O Sistema OCB/PA fez uma pesquisa para mensurar o impacto comercial gerado pela FENCOOP. Do volume de negócios gerados, 26% foram acima de R$ 50 mil, 4% até R$ 40 mil, 18% até R$ 30 mil, 26% até R$ 10 mil reais e 26% de negócios gerados até R$ 1 mil reais. Outro dado importante foi a geração de oportunidade de negócios futuros para 96% dos expositores.
“Na análise feita, a idade dos nossos visitantes impacta diretamente em possíveis novos negócios, uma vez que estão na margem da população economicamente ativa. O nível de escolaridade também foi avaliado, pois, além da boa experiência com o que foi exposto, os consumidores demonstraram preocupação com o produto que consomem, tanto em qualidade quanto na forma de produção deles”, ponderou o superintendente do Sistema OCB/PA, Júnior Serra.
Um ponto importante foi a geração negócios por meio da intercooperação, uma vez que aproximadamente 50% dos visitantes foram cooperados de outras cooperativas. No total, 32% dos visitantes já utilizam produtos de cooperativas e 63% após visitarem a 1ª FENCOOP demonstraram interesse em utilizar. Dentro desse número, 45% dos visitantes se demonstraram surpresos com a variedade e qualidade dos produtos e serviços que as cooperativas ofertam. Em relação ao nível de satisfação, 96% dos expositores estão muito satisfeitos ou satisfeitos com a 1ª FENCOOP e com sua organização.
Para as singulares dos ramos agropecuário, mineração e especial, a Feira proporcionou comercialização direta dos produtos. Já para cooperativas de saúde, crédito, transporte, trabalho, turismo e lazer, a FENCOOP foi uma oportunidade para prospecção de associados e clientes. Em relação às educacionais e produção, além de prospecção de negócios futuros, o ganho também foi em visibilidade, uma vez que a feira recebeu visitantes do Estado todo.
“Os dados são bastante relevantes, pois mostram que a FENCOOP gerou resultados expressivos para a expansão dos negócios das cooperativas. A partir dessas informações, construiremos o planejamento das próximas edições sempre pensando em como potencializar o evento e gerar impactos positivos ainda maiores”, enfatizou o presidente do Sistema OCB/PA, Ernandes Raiol.
Autoridades políticas, instituições públicas, universidades e, claro, o público paraense conheceu o crescimento do cooperativismo em números. Na abertura da Feira de Negócios do Cooperativismo (FENCOOP), o Sistema OCB/PA apresentou os dados consolidados do 2º Diagnóstico do Cooperativismo. Em todo o Pará, são 215 cooperativas, 93.547 cooperados e 3.854 empregados.
No ranking relacionado à quantidade de cooperativas, o ramo transporte manteve a liderança com 75 singulares, seguido do agropecuário com 62 e do ramo trabalho com 25 cooperativas. Em relação aos cooperados, o ramo mineral lidera com 47.281 sócios, seguido dos ramos crédito com 30.136 e do agropecuário com 6.083 cooperados.
O Diagnóstico possui dados apenas de cooperativas ativas e registradas no Sistema OCB/ PA. Foi construído através de perguntas que perpassam pelas dimensões sociais, gerenciais, produtivas e mercadológicas. Após esses elementos, são apresentados análises por meios de textos e infográficos ilustrados no decorrer dos estudos.
Foram ouvidas cooperativas dos ramos Agropecuário, Consumo, Educacional, Crédito, Especial, Infraestrutura, Saúde, Mineral, Produção, Transporte, Turismo/Lazer e Trabalho. Pontuam-se questionamentos acerca da organização social, verticalização do empreendimento, gestão e mercado. Após o levantamento, as informações foram validadas pelos gestores e técnicos do Sistema OCB/PA.
“Tais números permitem não só conhecermos as realidades locais, mas também possibilitam orientar atividades técnicas do próprio Sistema OCB/PA, bem como debater sobre políticas públicas com as esferas governamentais”, afirmou o superintendente do Sistema OCB/PA, Júnior Serra.
No documento, constam informações sobre os números gerais de cooperativas, empregados e cooperados por ramo, traçando um perfil de cada segmento. Analisa-se os eixos produtivos operados, nível de verticalização, certificação, logística e distribuição, canais de acesso ao mercado, acesso ao crédito e principais eixos de dificuldade das cooperativas.
Os dados do 2º Diagnóstico confirmam o crescimento do setor. Em número de profissionais autônomos empreendendo através do cooperativismo, houve um crescimento de 25% até o início de dezembro de 2018, comparando-se ao mesmo período do ano anterior. Com o aumento de profissionais incluídos na dinâmica de produção e comercialização, a tendência é que a geração de empregos em 2019 seja maior no mercado cooperativista. As apostas são na verticalização da cadeia produtiva.
“Os números mostram o crescimento do setor e o dinamismo dos ramos, além de sua importância econômica, social e até mesmo ambiental para os municípios paraenses. Prospectamos um perene caminho de desenvolvimento através de cooperativismo forte e consolidado”, reiterou o presidente do Sistema OCB/PA, Ernandes Raiol.
Leia o documento na íntegra: