
Dois grandes eventos para o cooperativismo tiveram destaque nas edições de hoje (19) do Diário do Pará, Amazônia e O Liberal: o Chocolat Festival e a sessão da FRENCOOP/PA.
Falando sobre o 6º Festival Internacional do Chocolate e Cacau da Amazônia, o Secretário de Estado e Desenvolvimento Econômico, Iran Lima, concedeu uma entrevista ao jornalista Mauro Bonna do Diário do Pará sobre o potencial do Estado na cacauicultura. O secretário destacou o importante papel das cooperativas nesse mercado.
Já o colunista Adenirson Lage e o Repórter 70 citaram a sessão da Frente Parlamentar do Cooperativismo Paraense (FRENCOOP/PA) que será instalada amanhã (20), às 9h, na ALEPA, em que serão apresentados os deputados comprometidos com a Frente e as principais demandas do segmento.

“Encantos de Origem e Biodiversidade” é o tema da 6ª edição do Festival Internacional do Chocolate e Cacau da Amazônia, que começa nesta quinta (19), no Hangar. D’Irituia, Cooprima, Camppax, Coopercau, Coopertuc, Camta, Casp, Cart, Coopoam e Coopatrans representam o cooperativismo. O evento é realizado pelo Governo do Estado com o apoio do Sistema OCB/PA. A entrada é franca.
Destaque de Medicilândia, município que lidera a produção estadual de cacau, a Cacauway já está em Belém organizando os últimos preparativos para a participação no Chocolat Festival. Para o cooperado Massao Shimon, ao longo de 6 edições, o evento expandiu o mercado para a produção cooperativista de cacau.
“O Festival do Chocolate tem sido uma vitrine para a produção amazônica de cacau, possibilitando abertura de mercado para a Cacauway e demais cooperativas voltadas para esse cultivo. A nossa expectativa é grande, pois aproveitaremos a ocasião para fazer o pré-lançamento do chocolate 88% cacau com açúcar de côco e o 100% cacau. O evento será um termômetro da aceitabilidade dos novos produtos”, adianta Massao.
Promovendo a cultura regional, cooperativismo, turismo e gastronomia, em 6 edições, o evento apresentou mais de 250 expositores, 60 mil visitantes e mais de 20 milhões em negócios diretos e indiretos. Além da feira com exposição de marcas de chocolate, haverá expositores de flores tropicais cultivadas na Amazônia, ciclo de palestras, rodadas de negócios, workshops, concursos, atrações culturais, circuito ecológico, atividades para crianças e ainda um circuito gastronômico com alguns dos melhores restaurantes de Belém.
Serviço:
6º Festival Internacional do Chocolate e Cacau da Amazônia e 18ª Exposição Flor Pará
Data: 19 a 22 de setembro
Hora: 15h às 22h
Local: Hangar - Centro de Convenções e Feiras
Inscrições:
Uma das mais importantes demandas do cooperativismo se tornará realidade: a instalação da Frente Parlamentar em Defesa do Cooperativismo do Pará (Frencoop-PA), que ocorrerá em sessão especial nesta sexta-feira (20), às 9h, na Assembleia Legislativa do Estado (Alepa). A deputada estadual, Professora Nilse Pinheiro, autora do projeto que retomou a Frente, apresentará os deputados que farão parte da Frencoop-PA.
A deputada também será a presidente da Frente e está confiante do importante passo para o cooperativismo. “O Pará tem um potencial enorme para empreendimentos cooperativistas e precisamos assumir isso. O nosso objetivo, como parlamentares, é contribuir para o desenvolvimento desse modelo econômico tão relevante para a inclusão social e geração de trabalho, emprego e renda”, afirma Professora Nilse.
O objetivo da Frencoop-PA é ampliar o espaço das cooperativas em políticas públicas, levando em conta a importância do empreendedorismo coletivo, em tempos de crise, para a inclusão social e desenvolvimento regional. Também serão desenvolvidos projetos que trabalharão sob o viés da segurança jurídica para o transporte alternativo, participação igualitária em processos licitatórios, ações de divulgação sobre a importância do cooperativismo e deferimentos fiscais.
O primeiro passo é a regulamentação da Lei Estadual do Cooperativismo, n° 7.780/2013, que estabelece as políticas públicas para o fomento da atividade no Pará. A Lei foi aprovada pela Alepa em 2013 por unanimidade. No mesmo ano, o Governo do Estado sancionou o normativo que, na teoria, promoveria incentivos financeiros, econômicos e fiscais. No entanto, o poder executivo ainda não regulamentou aspectos essenciais para a aplicação da Lei.
“A partir dessa regulamentação será possível ampliar a rede de atuação do cooperativismo em nível exponencial, porque o cenário está propício e não há mais lugar para um sistema de mercado que não haja cooperação. E o cooperativismo é exatamente isso, união, trabalho e esforço”, explica Ernandes Raiol, presidente do Sistema OCB-PA.
Haverá ainda uma exposição de alguns produtos produzidos por cooperativas no hall de entrada da Alepa para que os parlamentares possam ter uma amostra da produção cooperativista, desde hortifrútis a cosméticos. “Todos os dias nos deparamos com produtos de cooperativas e as pessoas nem sabem disso. Essa exposição mostrará in loco essa realidade”, finaliza Raiol.

A Frente Parlamentar em Defesa do Cooperativismo Paraense (FRENCOOP) foi destaque no Diário do Pará deste domingo (15). A sessão de instalação da Frente ocorrerá no dia 20 de setembro, às 9h, na sede do poder legislativo estadual. Na ocasião serão apresentadas as deputadas e deputados que farão parte da FRENCOOP e as principais demandas políticas do segmento.
A matéria completa pode ser conferida no Diário Online ou no link Sessão especial marca início das atividades da FRENCOOP.

Em 1929, os primeiros japoneses pisaram em Tomé-Açu. Trouxeram consigo esperança, trabalho duro e uma tecnologia social que transformou a realidade do município: o cooperativismo. A colônia japonesa no Pará cresceu diretamente ligada às atividades da Cooperativa Agrícola Mista de Tomé-Açu (CAMTA), que hoje alcança cerca de 10 mil pessoas. As festividades dos 90 anos da imigração japonesa ocorreram na última sexta (13).
Em 1923, quando o Japão passava por uma crise provocada pelo inchaço populacional, o Brasil ofereceu 500 mil hectares de terra divididas entre 120 famílias. Para identificar qual seria a melhor área a ser colonizada, o governo japonês, em 1926, realizou pesquisas em diversos municípios do Pará e escolheu o Acará, devido a fertilidade, relevo e poucas áreas de várzea.
Em 1929, 43 famílias com 189 japoneses saíram do Japão no navio Montevidéu com destino à Tomé-Açu, onde receberam 600 mil hectares. O cacau foi o principal produto desenvolvido na época.
O projeto promoveu ao longo desses 90 anos a abertura de estradas e ramais, escolas, hospitais e hospedarias. Uma das principais contribuições da comunidade nipônica foi o desenvolvimento do cooperativismo. Em 1931, os japoneses criaram a Cooperativa de Verduras do Acará, o primeiro empreendimento constituído neste formato no Pará. Em 1949, foi transformada na atual Cooperativa Agrícola Mista de Tomé-açu (CAMTA).
“É indiscutível o quanto os japoneses contribuíram para o desenvolvimento local através de práticas como a cooperação. É um povo honrado, trabalhador e guerreiro. Por isso mesmo merece todo o nosso reconhecimento. Esse legado vem sido perpetuado ao longo do tempo, gerando cada vez mais iniciativas à exemplo da CAMTA, que é referência para as demais cooperativas do ramo agro”, enfatizou o presidente do Sistema OCB/PA, Ernandes Raiol.

PROGRAMAÇÃO
Participaram diversas autoridades na cerimônia, como o Secretário de Desenvolvimento Agropecuário e Pesca (SEDAP), Hugo Suenaga, o presidente da ALEPA, Daniel Santos, o Senador da República, Zequinha Marinho, o embaixador do Japão no Brasil, Akyra Yamada, entre outras autoridades políticas e diplomáticas.
Durante a cerimônia, o presidente da CAMTA, Alberto Oppata, pediu apoio aos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário para a pavimentação asfáltica da PA-256. “O asfalto dessa rodovia vai contribuir para o desenvolvimento do município e, principalmente, da Cooperativa que emprega mais de 10 mil pessoas, direta e indiretamente".
Em resposta ao presidente da CAMTA, o deputado Dr. Daniel Santos informou que a Alepa está apreciando os projetos enviados pelo Executivo que tratam sobre a contratação de empréstimos, para garantir a execução do Programa de Investimento nas Áreas de Saúde, Desenvolvimento Urbano, Saneamento e Mobilidade, Infraestrutura e Logística e Turismo; aplicação em projetos de implantação de sistemas de drenagem e pavimentação urbana em vários municípios do Pará, além de melhorias na malha rodoviária do estado.
“Tomé-Açu receberá investimentos importantes. Um deles é a pavimentação asfáltica de dois trechos da PA-256 e a ponte sobre o Rio Capim. Os serviços visam facilitar o escoamento da produção agrícola e pecuária, transporte escolar e mobilidade, além de garantir a segurança dos motoristas que passam por esses trechos”, explicou o deputado.
