O documento “Qualificação de Demandas Cooperativistas para Emendas Parlamentares” foi apresentado à Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia (Sedeme), na última sexta (20). O objetivo é orientar políticas públicas em prol do cooperativismo em ações conjuntas ao Sistema OCB/PA. No total, participaram cerca de 50 representantes de cooperativas de 10 municípios.
Estiverem presentes a Camta (Tomé-Açu), Transprodutor (Belém), Cooprima (Primavera), Coopatrans (Medicilândia), Coopoam (Medicilândia), Casp (Vigia), Coopaben (Benevides), Coop Sóstenes (Santarém), Cooperativa D’Irituia (Irituia), Camppax (São Félix do Xingu) e Cart (Tailândia).
No documento, o Sistema OCB/PA detalha o panorama do setor agropecuário e indica 31 cooperativas, de 10 regiões de integração, a saber: Baixo Amazonas, Tapajós, Xingu, Araguaia, Tocantins, Marajó, Carajás, Rio Capim, Rio Caeté, Guajará e Guamá. “O nosso objetivo é mostrar de maneira clara e objetiva o que as cooperativas precisam. Nesse primeiro momento, apresentamos este estudo de demandas das cooperativas agropecuárias e, posteriormente, vamos apresentar os demais segmentos”, explicou Ernandes Raiol, presidente do Sistema OCB/PA.
Entre as demandas indicadas, está a solicitação de máquinas e equipamentos para agroindústria, da região do Baixo Amazonas, que irá beneficiar seis cooperativas, sendo 844 famílias diretamente e uma população de 377.199 nos municípios de Juruti, Santarém e Belterra. Na região do Marajó, com investimento em transporte refrigerado, o impacto será ainda maior: com apenas três cooperativas, 73 famílias serão beneficiadas diretamente e 600.886 pessoas no total, em Curralinho e em São Sebastião da Boa Vista.
“Essa é a visão do cooperativismo, que não só pensa no empreendimento, mas também nos benefícios sociais que gera para a comunidade onde está inserido”, completou Raiol.
DIFERIMENTO
Outra estratégia apontada pelo Sistema OCB/PA é o diferimento fiscal, que pode ajudar as deixar as cooperativas mais competitivas. “Precisamos desse apoio do Estado porque é muito difícil concorrer com empresas que pagam 0% de ICMS enquanto pagamos 17%”, afirma Alberto Oppata, presidente da Camta.
“Vamos estudar os melhores caminhos para tentar viabilizar esse estudo muito rico e detalhado apresentado pelo Sistema OCB/PA. É exatamente disso que precisamos: proposições claras de políticas públicas. Precisamos que as organizações, como o Sistema OCB/PA, vejam o Estado como parceiro. O nosso papel é buscar soluções que podem gerar investimentos com resultados”, sintetizou Iran Lima, titular da Sedeme.
Texto: Ísis Margalho
Com mais de R$ 5,7 bilhões, a Sicoob Credicitrus é a maior cooperativa de crédito do país em ativos totais. Já a Sicredi União PR/SP possui o maior número de agências e é a segunda maior em número de associados. Ambas estarão no 3º Encontro do Ramo Crédito, que discute soluções, experiências e práticas de referência no cooperativismo financeiro. O evento ocorre nesta semana, entre os dias 26 e 27 de setembro no Auditório do Banco Central do Brasil, em Belém. As inscrições são gratuitas.
Esta será a 3ª edição promovida pelo Projeto OCB/DGRV. Terá o modelo de discussão participativo no estilo “talk show”. O foco é mostrar cases nos mais diversos aspectos do mundo financeiro, considerando temas como inovação, relacionamento e desenvolvimento. Sicoob Credicitrus, Sicredi União PR/SP e Central Cresol Baser são as grandes referências que compartilharão experiências de sucesso na programação.
A Sicredi União PR/SP, por exemplo, fechou o primeiro semestre com 215.928 associados, crescimento de 20% em relação a 2018. A meta é fechar o ano com 236.681. O número de agências chegou a 97 no final do primeiro semestre, número que deverá saltar para 116 até o final do ano.
Já a Sicoob Credicitrus se destaca em número de ativos totais com mais de R$ 5,7 bilhões. Foi a primeira cooperativa do Brasil a se instalar no Vale do Silício, região que reúne empresas de alta tecnologia e é considerada o maior ecossistema de inovação do mundo. Em operações de crédito, movimentou mais de 2,8 bilhões em 2018, R$ 3,3 bilhões em depósitos, possui 93.419 associados e patrimônio líquido de R$ 1,4 bihões.
“Enquanto os bancos estão fechando agências e demitindo funcionários, o cooperativismo cresce, abrindo agências, contratando novos funcionários. A população começa a entender os benefícios das cooperativas em sua atuação voltada para o desenvolvimento regional”, enfatiza o presidente do Sistema OCB/PA, Ernandes Raiol.
A Central Cresol Baser também estará presente no Encontro do ramo Crédito. É um dos destaques entre as instituições financeiras que mais operaram crédito via BNDES. No ranking de desembolsos, assume a 12º colocação em operações indiretas com o repasse de mais de R$ 1.1 bilhão em aproximadamente 40 mil operações aprovadas entre os meses de janeiro e dezembro de 2018.
“São exemplos que mostram o quanto o cooperativismo é capaz de competir de igual para igual com as maiores instituições financeiras. Isso tende a crescer, posto que é impossível comparar as vantagens apresentadas no modelo cooperativo com os bancos convencionais. Nossa intenção é replicar este mesmo sucesso no Pará, que é uma área em franca expansão no segmento”, explicou o presidente do Sistema OCB/PA, Ernandes Raiol.
Serviço: As inscrições podem ser feitas no e-mail:
Com uma agenda intensa de atividades, o cooperativismo paraense teve inserção nos principais jornais e portais onlines da região. Os destaques ficaram por conta da Sessão Especial que deu início aos trabalhos da Frente Parlamentar em Defesa do Cooperativismo (FRENCOOP/PA) ocorrida na última sexta (20), do 3º Encontro do Ramo Crédito que se inicia na próxima quinta (26) e das festividades em comemoração aos 90 anos da Imigração Japonesa em Tomé-Açu, promovidas pela prefeitura do município, CAMTA e Sistema OCB Pará.
#OCB/PAnaMídia #Cooperativismo #SistemaOCB/PA
Durante esta semana, o Sistema OCB/PA realizará ações em 13 municípios paraenses. Os destaque são o 3º Encontro do Ramo Crédito? o Dia de Cooperar em Porto Trombetas ??e a entrevista do presidente Ernandes Raiol à TV RBA ? que ocorre nesta segunda (23).
Também serão realizadas capacitações em diversas áreas profissionais, visitas técnicas e aplicação do Programa de Aprimoramento da Gestão Cooperativista (GESCOOP) ✅
Fique por dentro das nossas atividades.Veja a programação do seu município!
#ocbsescooppa #capacitandoparacrescer
A instalação oficial da Frente Parlamentar em Defesa do Cooperativismo (Frencoop/PA) ocorreu na última sexta (20), no auditório da Assembleia Legislativa do Pará. A deputada estadual Professora Nilse Pinheiro é a presidente, acompanhada por Heloísa Guimarães, Dirceu Ten Caten, Igor Normando, Ozório Juvenil e Carlos Bordalo.
O primeiro desafio da nova composição é abrir caminho por meio de legislações em prol do setor cooperativista. Serão desenvolvidos projetos com foco na segurança jurídica para o transporte alternativo, participação igualitária em processos licitatórios, ações de divulgação sobre a importância do cooperativismo e diferimentos fiscais. Entre os planos da Professora Nilse está o projeto de lei que pretende inserir o cooperativismo nas escolas.
“Temos que ter em mente que o nosso objetivo é gerar emprego e renda. Sem dúvida, o cooperativismo é um dos melhores caminhos para isso. Temos exemplos de cooperativas de vários portes no Estado, mas todos começaram pequenas. E é esse caminho que queremos para este segmento: crescimento”, enfatizou a presidente da Frencoop/PA.
A Frente também poderá auxiliar na articulação política com os demais deputados pertencentes à casa legislativa para a destinação de recursos. Na ocasião, o presidente do Sistema OCB/PA, Ernandes Raiol, apresentou o documento “Qualificação de Demandas Cooperativistas para Emendas Parlamentares”, que contém dados sobre as principais necessidades das cooperativas agro em relação à infraestrutura. A intenção é replicar o modelo para os demais ramos de negócio.
“Chegou a hora de alavancar o cooperativismo. Somos mais de 100 mil a girar toda uma cadeia produtiva no Pará e fora dele, mas com um diferencial: toda comunidade a que pertence uma cooperativa é beneficiada diretamente. Este documento pode servir como uma orientação segura para balizar as políticas públicas em prol das cooperativas", enfatizou Raiol.
No total, cooperativas de 18 municípios participaram do evento. Uma das atrações na programação foram os balcões com produtos exclusivos das cooperativas que ocuparam o hall da ALEPA. Os parlamentares puderam ver de perto e experimentar os produtos das cooperativas, entre chocolates, hortifrutis, polpas, cosméticos e artesanatos.
DEPUTADOS
Participaram da sessão especial, além de Nilse Pinheiro, os deputados Heloisa Guimarães e Carlos Bordalo. Vavá Martins, que atua como deputado na esfera federal, também esteve presente. Após a apresentação do cenário do cooperativismo e da agenda política do setor, os parlamentares sinalizaram positivamente em apoio ao segmento. Oficialmente, a Frencoop/PA agregará seis deputados: Nilse Pinheiro, Heloísa Guimarães, Dirceu Ten Caten, Igor Normando , Ozório Juvenil e Carlos Bordalo.
“Temos vários exemplos de superação aqui, como a Unimed Belém e o Sicredi Belém. A Unimed conseguiu sair de uma grave crise e se recuperou. Já o Sicredi, enquanto a crise fechava empreendimentos, só se fortaleceu. Isso é um exemplo para nós que vivemos hoje uma situação caótica de 13 milhões de desempregados no Brasil. Eu acredito que essa é a força do cooperativismo”, afirmou Dra. Heloisa Guimarães.
Bordalo ressaltou a importância desse tratamento especial que agora o cooperativismo paraense passa a ter. “Acredito que a partir deste momento e, vendo a pessoa que a deputada Nilse é, certamente o segmento cooperativista dará ainda mais frutos, ficará mais fortalecido e unido”.
REGULAMENTAÇÃO
No radar da Frencoop/PA também está a regulamentação da Lei Estadual do Cooperativismo, n° 7.780/2013. O normativo promoveria incentivos financeiros, econômicos e fiscais, mas ainda carece da regulamentação de aspectos essenciais para ser colocada em prática. “Precisamos com urgência dessa regulamentação para que possamos, por exemplo, pleitear incentivos e diferimentos fiscais”, alertou Raiol.
Texto: Ísis Margalho e Wesley Santos