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Com o objetivo de fortalecer a cadeia produtiva da mandioca no estado do Pará e impulsionar a inovação e competitividade na agricultura familiar, o Sistema OCB/PA e a Embrapa Amazônia Oriental iniciaram, na última semana, a parceria de implantação da vitrine tecnológica da mandioca na sede da cooperativa COAFRA, como parte das ações do Programa BIOCOOP. A iniciativa visa promover o uso de tecnologias inovadoras para o aumento da produtividade, qualidade e competitividade da cultura da mandioca na rede do nordeste paraense. A ação contempla o preparo da área e o plantio de ramas-sementes (manivas) geneticamente melhoradas, desenvolvidas pela Embrapa.
A vitrine tecnológica da mandioca funcionará como um espaço de demonstração prática de tecnologias desenvolvidas pela Embrapa, que envolvem desde o preparo do solo, seleção de cultivares mais produtivas e resistentes, até técnicas de manejo e boas práticas agrícolas. O objetivo é capacitar os cooperados e produtores locais com base em ciência, inovação e sustentabilidade, promovendo o aumento da produtividade e da qualidade do produto.
Para o presidente do Sistema OCB/PA, Ernandes Raiol, a parceria reforça o papel do cooperativismo com o desenvolvimento regional. “A mandioca é uma cultura essencial para a segurança alimentar e geração de renda em várias regiões do estado. Ao trazer tecnologia e conhecimento diretamente ao produtor, por meio de suas cooperativas, damos um salto na qualidade da produção e no fortalecimento da agricultura familiar”, destacou o presidente.
Ao todo, foram implantadas 15 cultivares melhoradas com alto potencial produtivo e adaptadas às condições da região. O experimento conta com 45 repetições distribuídas em 8 leiras amostrais, permitindo uma análise robusta dos resultados. As ramas-sementes passaram por um criterioso processo de seleção, classificação e corte, sendo plantadas em espaçamento de 0,70 x 0,90 metros, conforme recomendação técnico-científica da pesquisadora da Embrapa, Elisa Moura.
Para Joel Linhares, presidente da COAFRA, sediar esse projeto é motivo de orgulho e sinal de confiança na atuação da cooperativa, que reúne produtores familiares comprometidos com o desenvolvimento da agricultura sustentável. “Esse é um projeto muito importante para nós porque enfrentamos problemas sérios na cadeia produtiva da mandioca aqui na região. Hoje ao iniciarmos esse projeto que vai multiplicar essas variedades que serão testadas aqui para saber quais irão se adaptar, a gente acolhe com muita boa vontade essa parceria da Embrapa com o Sistema OCB/PA e certamente este é um pontapé inicial de um grande projeto de melhoria e inovação da cadeia produtiva da mandioca”, afirmou o presidente.
A equipe técnica de melhoramento genético da EMBRAPA acompanhará de perto todas as etapas do experimento, desde o plantio até a colheita, visando avaliar o desempenho agronômico das cultivares e identificar aquelas com maior potencial para difusão entre os agricultores da região. A vitrine tecnológica representa um importante passo para o fortalecimento da cadeia da mandioca, contribuindo para o desenvolvimento sustentável, a geração de renda e a valorização da agricultura familiar no nordeste paraense. A iniciativa faz parte das ações estratégicas do Sistema OCB/PA em prol da inovação no cooperativismo paraense, alinhada aos eixos de assistência técnica, sustentabilidade e inclusão produtiva.
A pesquisadora da Embrapa, Elisa Moura, explicou o trabalho realizado no dia de campo. “Estamos aqui para iniciar um trabalho de seleção de variedade de genótipo de mandioca que seja mais adaptado a região e mais produtivo”, declarou a pesquisadora.
Ela enfatizou ainda, que será um trabalho de três anos na cooperativa para verificar a estabilidade da planta, avaliar a produção e verificar quais espécies são mais adaptadas para a região para que os produtores tenham um material produtivo, mas também que seja bom para comercialização. “A primeira colheita será feita com 11 meses para avaliar a produção de rama, raiz, incidência de doença. Além das características qualitativas como cozimento, sabor, descascamento fácil, entre outros. Durante o manejo será observado ainda a facilidade para a incidência de praga e o desenvolvimento da planta, acrescentou Elisa.
A parceria surgiu a partir de uma provocação do Sistema OCB/PA para atender as cooperativas do Pará junto a Embrapa que já possui um trabalho de pesquisa e tecnologias que podem ser transferidas para os produtores de mandioca do estado.
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O cooperativismo paraense segue colhendo frutos de reconhecimento e valorização. Durante a edição 2025 da Feira do Cacau e do Chocolate Amazônia e Flor Pará, realizada em Belém, a cooperativa Coopatrans, detentora da marca Cacauway, foi destaque ao conquistar duas premiações na área de chocolates finos. O evento, que reuniu produtores, especialistas e entusiastas do setor, bateu recordes de público e consolidou a capital paraense como referência nacional na produção de cacau e derivados com identidade amazônica.
Fundada em 2010 no município de Medicilândia, a Coopatrans surgiu com o propósito de transformar a realidade de pequenos produtores da região Transamazônica, promovendo geração de renda e valorização da cultura cacaueira local. A cooperativa nasceu da união de agricultores familiares e extrativistas da agricultura sustentável, que decidiram agregar valor à produção da amêndoa de cacau, investindo em boas práticas e no processamento artesanal de chocolate. Com um modelo de atuação baseado na economia solidária e na sustentabilidade, a Cacauway é hoje referência nacional na verticalização da cadeia produtiva do cacau amazônico.
Para o presidente da cooperativa, Tarcísio Venturin, a premiação representa o reconhecimento de um trabalho construído com base em sustentabilidade, parceria e valorização da bioeconomia. “A qualidade de uma amêndoa ou de um chocolate produzido e reconhecido regional, federal ou mundialmente é um prestígio para a Cacauway, que iniciou esse desafio há 15 anos. Isso nos dá a segurança de que estamos no caminho certo ao valorizar o plantio sustentável e a produção da bioeconomia na verticalização dos produtos da lavoura cacaueira. É muito gratificante contar com o apoio do Sistema OCB/PA, parcerias das secretarias do governo, ONGs, instituições e, claro, dos nossos cooperados”, afirmou.
O sucesso da cooperativa também é fruto de uma estratégia consistente baseada no trabalho em equipe, orientação técnica e presença em eventos nacionais. “As feiras e festivais ajudam a levar nossos produtos ao reconhecimento”, reforça Tarcísio. Ele destaca ainda que o cooperativismo tem fortalecido a cultura cacaueira na região e que a OCB/PA vem contribuindo em várias frentes promovendo assistência técnica, regularização ambiental das propriedades e projetos voltados à agricultura familiar. “Desde o plantio sustentável à certificação e participação em feiras. A colaboração da OCB/PA tem sido essencial no processo da cadeia do cacau, com assistência técnica e apoio à certificação dos nossos produtos, garantindo reconhecimento no Brasil e no mundo”, reforçou o presidente.
O reconhecimento da Cacauway também tem nomes e histórias que representam a força do cooperativismo no campo. Rita Aguiar, cooperada e produtora de cacau, conquistou a medalha de prata como segundo lugar na categoria Chocolate Inovação com o produto “chocolate ao leite com gengibre” e na categoria Chocolate Intenso, premiado como um dos melhores chocolates paraenses de 2025. “É muito gratificante. A gente vê um trabalho feito em coletivo, que começa lá no campo, com amêndoas de qualidade, parceria com a cooperativa, troca de conhecimento e muito amor pelo que se faz. A OCB é a nossa fortaleza. Com o apoio deles, chegamos a lugares que não imaginaríamos. É uma parceria que cresce a cada dia e nos ajuda a levar nossos produtos para cada vez mais longe, detacou a cooperada”
Esse reconhecimento à Coopatrans Cacauway também reforça o protagonismo do cooperativismo paraense no cenário nacional. Para o presidente do Sistema OCB/PA, Ernandes Raiol, a premiação é reflexo de um trabalho coletivo sólido, comprometido com a sustentabilidade e a valorização da identidade amazônica. “Essa premiação mostra que o cooperativismo paraense está preparado para competir em alto nível, com qualidade, sustentabilidade e identidade regional. A Coopatrans é um exemplo de como o trabalho coletivo, quando bem estruturado, gera desenvolvimento, valoriza o produtor rural e fortalece nossa bioeconomia. O Sistema OCB/PA se orgulha de apoiar e caminhar ao lado de cooperativas que fazem a diferença na vida das pessoas e na economia do estado”, finalizou.
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O programa Cacau Coop Pará, criado para fomentar a cadeia produtiva do cacau no estado, é um exemplo de como a valorização da produção local promove o protagonismo das cooperativas paraenses, geram desenvolvimento e valorizam as comunidades. Por meio dos projetos, Câmara Técnica Cooperativista de Cacau - CT COOP CACAU e Ações de Bases Direcionadas, o programa fortalece a cadeia produtiva do cacau e promove o crescimento econômico, social e ambiental em diversas regiões do Pará.
O Cacau Coop Pará reúne seis cooperativas, CAMTA, COOPATRANS, COOPERTUC, COOPERCAU, COPOTRAN e CAMPPAX, que estão impulsionando o crescimento econômico e social em suas regiões, gerando emprego, renda e dignidade para centenas de famílias.
Por meio da articulação do Sistema OCB/PA e apoio de instituições como a Fundação Mundial do Cacau – WCF, o programa tem fortalecido a identidade regional e ampliado o protagonismo do cooperativismo na economia do estado. Em conjunto, essas cooperativas impulsionam o desenvolvimento regional com responsabilidade, solidariedade e visão de futuro.
Em Tomé-Açú, com quase um século de história, a CAMTA é referência em sistemas agroflorestais, possui indicação geográfica (IG) do cacau e integra produção de cacau com outras culturas, promovendo a conservação ambiental e a diversificação da renda dos agricultores. Sua atuação é um exemplo de inovação, sustentabilidade e inclusão, contribuindo diretamente para o desenvolvimento local com práticas que respeitam a floresta e valorizam o trabalho dos produtores.
A COOPATRANS, localizada no município de Medicilândia, reúne produtores que acreditam na força do cacau como vetor de desenvolvimento para a região da Transamazônica. Sua atuação é marcada pela valorização do pequeno agricultor, incentivo à produção de qualidade e respeito ao meio ambiente, sempre com foco no fortalecimento da economia local.
Em Tucumã, a COOPERTUC vem desempenhando um papel fundamental no apoio à agricultura familiar e no fortalecimento da cadeia do cacau. Por meio da assistência técnica, capacitação e organização da produção, ela contribui diretamente para o aumento da renda dos cooperados e a melhoria da qualidade de vida nas comunidades rurais.
Medicilândia é conhecida como a capital do cacau paraense, e a COOPERCAU tem grande responsabilidade nessa conquista. Com forte atuação na verticalização da produção, a cooperativa aposta na agregação de valor e na excelência do produto para abrir portas em mercados nacionais e internacionais.
No município de Altamira, a COPOTRAN nasce do sonho de fortalecer a produção orgânica e regenerativa. Seus cooperados desenvolvem o cacau de maneira responsável, respeitando os ciclos da floresta e promovendo o uso racional dos recursos naturais. É um modelo que alia tradição, inovação e compromisso ambiental.
Em São Félix do Xingu, a CAMPPAX representa a força da inclusão produtiva de comunidades tradicionais e ribeirinhas. A cooperativa promove o cultivo do cacau como atividade sustentável, geradora de renda e capaz de preservar modos de vida locais. Além disso, atua na capacitação de produtores e no acesso a políticas públicas que incentivam o desenvolvimento rural e a proteção da biodiversidade.
Para o Superintendente do Sistema OCB/PA, Júnior Serra, a união dessas cooperativas dentro do programa Cacau Coop Pará representa muito mais do que um arranjo institucional. “É a prova concreta de que o cooperativismo é capaz de transformar realidades. Com atuação em diferentes territórios, cada cooperativa contribui para a consolidação de uma cadeia de valor do cacau pautada pela sustentabilidade, geração de renda e cooperação”, reafirmou o Superintendente.
Quer saber mais sobre essa ação e como sua Coop pode participar? Entre em contato com nossa analista de monitoramento em cooperativas, Paola Corrêa, pelo WhatsApp: 91 984053523 ou pelo e-mail:
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No estado do Pará, uma iniciativa que combina sustentabilidade, geração de renda e valorização do cooperativismo ganha força a cada ano. Trata-se do programa Cacau Coop Pará, criado com o objetivo de fortalecer a cadeia produtiva do cacau no estado. O programa fomenta o desenvolvimento sustentável, valoriza a produção local e promove o protagonismo das cooperativas paraenses no mercado nacional e internacional.
Lançado em 2021, o Cacau Coop Pará é fruto de uma articulação do Sistema OCB/PA, com o apoio da Fundação Mundial do Cacau – WCF, que atua em três pilares: pessoas, planeta e renda, que se firma como uma política para estruturar a cadeia produtiva do cacau, melhorar a qualidade do produto e ampliar a competitividade no mercado. O programa oferece ainda, suporte técnico, capacitação, acesso a crédito e abertura de mercados. Mais que uma base econômica, o programa se tornou um vetor de transformação social.
E para um resultado mais eficaz o programa conta com o projeto Câmara Técnica Cooperativista de Cacau - CT COOP CACAU, que é um fórum permanente que debate melhorias na cadeia produtiva, sobre a tributação em produtos do cacau, assistência técnica, compras coletivas e crédito e fundiário. E o projeto Ações de Bases Direcionadas, que reúne os eixos doutrinário, governança e estratégico, importantes para a o desenvolvimento das cooperativas, com a participação da OCB/PA, que promove cursos, oficinas e assistência técnica para os cooperados e gestores, melhorando os processos produtivos, a qualidade do cacau e a gestão das cooperativas.
Os resultados já são visíveis, cooperativas como a CAMTA, COOPATRANS, COOPERTUC, COOPERCAU, COPOTRAN e CAMPPAX têm ganhado protagonismo não apenas na produção de cacau de qualidade, mas também na transformação da matéria-prima em produtos de valor agregado, como chocolates. Isso garante mais renda para os cooperados e fortalece a economia local.
Segundo o presidente do Sistema OCB/PA, Ernandes Raiol, o Cacau Coop Pará é uma demonstração do que o cooperativismo pode alcançar quando há união de esforços. “O cacau é uma cadeia produtiva muito relevante para o estado. Precisamos estimular esse mercado, que já chama a atenção de todo o mundo pela sua qualidade, por seu caráter orgânico e pela sua origem amazônida”, declara o presidente.
O balanço contábil financeiro é uma das ferramentas mais importantes para a gestão de uma cooperativa. Ele representa um retrato fiel da situação econômica e financeira da organização em determinado período, geralmente ao final do exercício social. Seu principal objetivo é fornecer informações claras, precisas e padronizadas sobre o patrimônio, as obrigações e os resultados obtidos pela cooperativa.
A elaboração e a publicação do balanço contábil são exigências legais e estatutárias para as cooperativas. Ele deve seguir os princípios da contabilidade, as normas do Conselho Federal de Contabilidade - CFC e do Sistema OCB/PA, garantindo a conformidade com a legislação vigente, evitando penalidades e fortalecendo a credibilidade da entidade perante órgãos reguladores e parceiros.
De acordo com a analista Jurídica do Sistema OCB/PA, Ingrid Figueiredo, as demonstrações contábeis são instrumentos indispensáveis para a gestão e a transparência das cooperativas. “Do ponto de vista legal, sua elaboração é obrigatória e fundamental para o cumprimento das obrigações fiscais e tributárias, como o pagamento de impostos e a entrega de declarações exigidas pelos órgãos competentes. Documentos como o balanço patrimonial, a demonstração do resultado do exercício (DRE) e a demonstração dos fluxos de caixa são essenciais para refletir com clareza a situação econômica e financeira da entidade”, pontuou Ingrid.
Para Maurília Maciel, analista de Cooperativismo e Monitoramento do Sistema OCB/PA, um ponto importante que os demonstrativos contábeis elaborados pelas cooperativas proporcionam, como Balanço Patrimonial – BP, Demonstração de Sobras ou Perdas – DSP, Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido – DMPL, Demonstração dos Fluxos de Caixa – DFC, Demonstração do Valor Adicionado – DVA e Notas Explicativas das Demonstrações Contábeis – NE, são documentos de suma importância que auxiliam a gestão nas tomadas de decisões, pois contém informações sobre a situação financeira e patrimonial da empresa.
“De posse desses documentos a gestão consegue, de forma mais assertiva, planejar estratégias, identificar as fragilidades e oportunidades da empresa, bem como analisar a saúde financeira para facilitar a obtenção de empréstimos e financiamentos. Isso contribui para o fortalecimento do modelo cooperativo, pautado pela gestão democrática e responsável” afirmou Maurília.
A preocupação da OCB/PA está ligada a ausência ou a não apresentação em prazo adequado dessas demonstrações que pode gerar sérias implicações legais para a cooperativa. Multas, penalidades administrativas e sanções fiscais podem ser aplicadas conforme a legislação vigente, comprometendo não apenas a sustentabilidade do negócio, mas também a credibilidade da entidade perante os cooperados e o mercado.
Portanto, manter as demonstrações contábeis atualizadas e em conformidade com as exigências legais não é apenas uma obrigação formal, mas uma prática essencial para a governança e segurança financeira das cooperativas. Além disso, o balanço contábil serve como base para a tomada de decisões estratégicas, tanto pela diretoria quanto pelos conselhos fiscal e administrativo. Ele também é indispensável para auditorias, para o cumprimento de exigências legais e regulatórias.
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