A educação é um dos pilares fundamentais para o desenvolvimento sustentável. E a Cooperativa dos Educadores Autônomos de Castanhal – CEAC, tem desempenhado um papel essencial para garantir uma educação inclusiva, equitativa e de qualidade para todos. Fundada no município de Castanhal e há 26 anos atendendo da educação infantil ao ensino fundamental, a CEAC tem se destacado por seu modelo cooperativista, que une alunos, professores e famílias em prol de um ensino transformador.

Alinhada ao 4º Objetivo de Desenvolvimento Sustentável da ONU, “Educação de Qualidade” e a ODS 8 em termos de crescimento econômico, a CEAC oferece uma educação de qualidade, baseada nos princípios cooperativistas em um trabalho que valoriza metodologias inovadoras e colaborativas, incentivando a participação ativa dos alunos no processo de aprendizagem. Outro aspecto relevante é a formação de valores como solidariedade e responsabilidade social, preparando os estudantes para serem cidadãos cooperativos e conscientes.

De acordo com a diretora presidente da cooperativa, Kátia Cilene Santos, diferentemente das escolas tradicionais, a CEAC opera sob os princípios do cooperativismo, promovendo uma gestão participativa e democrática. O modelo cooperativo ajuda a reduzir desigualdades no acesso à educação porque coloca as pessoas em primeiro lugar, garantindo que mais pessoas tenham a oportunidade de aprender e crescer juntas. Além disso, por ser gerida de forma coletiva, a escola se torna mais acolhedora e atenta às necessidades dos alunos, professores e famílias.

Ela destaca ainda, que essa abordagem fortalece o envolvimento da comunidade escolar e incentiva a colaboração, criando um ambiente de aprendizado mais humanizado e eficiente. "O cooperativismo educacional nos permite oferecer uma formação diferenciada, focada não apenas no conteúdo acadêmico, mas também em valores como solidariedade, cidadania e participação ativa na sociedade”, destacou Kátia.

Nesse cenário democrático, a cooperativa conta com o apoio do Sistema OCB/PA que tem sido um grande parceiro das cooperativas educacionais no estado, apoiando iniciativas e fortalecendo o setor por meio de capacitações, projetos e incentivos. Esse suporte é fundamental para que a educação cooperativista continue crescendo.

"Nosso papel é fomentar e fortalecer essas iniciativas, garantindo que mais estudantes tenham acesso a um ensino de qualidade, inclusivo e alinhado às necessidades da sociedade", conclui o presidente do Sistema OCB/PA, Ernandes Raiol.   

Iniciando as ações do Dia de Cooperar, a Corrida e Caminhada da Cooperação edição Belém está com as inscrições abertas para levar cooperação, solidariedade e bem-estar para a comunidade no dia 06 de abril, no Portal da Amazônia. A ação é realizada pelo Sistema OCB/PA, SESCOOP/PA, Instituto Amazônia Cooperar em conjunto com as cooperativas Sicredi Norte, SICOOB COOESA, CRESOL Transamazônica, Unimed Belém, Uniodonto Belém, COOENFI, COOFARMI e a Central Única das Cooperativas de Catadores e Catadoras de Materiais Recicláveis da Amazônia, com o apoio da Prefeitura de Belém, Federação Paraense de Atletismo, Clínica Harmonic e academia Health Fit.

Com objetivo de incentivar a prática esportiva, a cooperação e a solidariedade, para participar, o atleta deve doar três quilos de alimentos não perecíveis, sendo doados para três instituições: A Creche Lar Cordeirinho de Deus, em Belém, que atende crianças com famílias em situação de vulnerabilidade; a Creche Professora Edelburga Queiroz, que atende filhos de catadores de materiais recicláveis e da comunidade, em Icoaraci; e o Projeto Anjos da Guarda, no Tapanã, que atende crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade.

O Portal da Amazônia será o palco da largada e chegada, onde cada modalidade terá um percurso diferente. O trajeto da corrida será de 10 km, passando pela Rua dos Mundurucus, Rua José Bonifácio, Avenida Conselheiro Furtado, Praça Amazonas, Rua Cesário Alvim, Avenida Bernardo Sayão, retornando para o Portal da Amazônia.

Já a caminhada terá um percurso menor, de 3 km, sendo realizado dentro do Portal da Amazônia.

As premiações serão em dinheiro, de acordo com cada categoria e colocação:

- Feminino geral: 1° lugar: 1.000 reais; 2° lugar, 700 reais; 3° lugar 500 reais
- Masculino geral: 1° lugar: 1.000 reais; 2° lugar, 700 reais; 3° lugar 500 reais
- PCD: 1° lugar: 1.000 (no ato da chegada deve apresentar o laudo que comprove a sua condição, com a validade em dia, juntamente com documento de identificação.)
- 60+ feminino: 1° lugar: 1.000
- 60+ masculino: 1° lugar: 1.000

As inscrições devem ser feitas através do link: https://bit.ly/corridaecaminhadabelem2025 até o dia 30 de março ou enquanto houver vagas. A inscrição será confirmada juntamente com a entrega dos alimentos, no dia de retirada da camisa, durante os dias 3, 4 e 5 de abril, na sede do Sistema OCB Pará, na Avenida Visconde de Souza Franco, 567, no bairro do Reduto e na Unipharmi, localizada na Travessa Alferes Costa, 2656, esquina com a Duque de Caxias.

O horário para retirada da camisa na sede do Sistema OCB Pará será de 8h às 17h. Na Unipharmi, o horário de retirada será de 8h às 22h.

Dia C

A Corrida e Caminhada edição Belém faz parte das ações do Dia de Cooperar, que nasce dessa perspectiva e, desde 2009, vem promovendo um grande movimento de solidariedade e voluntariado que, em 2024, no Estado do Pará, alcançou quase 40 mil beneficiários, mobilizou 517 voluntários e contou com a envolvimento de 32 cooperativas, realizando 52 iniciativas, no Estado do Pará. Tudo isso partindo de ideias simples, mas com o compromisso de integrar pessoas, mobilizar recursos, aplicar os princípios e valores cooperativistas, gerando uma rede de cooperação e transformação social.

O Sistema OCB Pará é coautor dessas ações desde 2014, uma vez que as cooperativas, através de seus projetos, beneficiaram diretamente mais de 150 mil pessoas, nesses últimos oito anos, com projetos e ações nas áreas da saúde, meio ambiente, educação, assistência social, esporte, lazer, cultura, entre tantas outras, assegurando a promoção de mudanças significativas na qualidade de vida dessas pessoas.

O Presidente do Sistema OCB/PA, Ernandes Raiol, destacou que essa iniciativa reafirma o compromisso do cooperativismo com a comunidade, levando seus valores e benefícios a um número ainda maior de pessoas. “As celebrações do Dia C representam a união de solidariedade, bem-estar e cooperação. É um momento em que o cooperativismo mostra sua força e relevância, evidenciando como a responsabilidade social e a intercooperação são fundamentais para construirmos uma sociedade mais justa e igualitária”, afirmou.

Em uma ação inédita na região norte, o Sistema OCB/PA, iniciou um amplo projeto de assistência técnica e ambiental em parceria com a empresa Terra Preta para a produção de bioinsumo e sistema orgânico em cooperativas que atuam com a agricultura familiar. A ação visa capacitar os produtores rurais com práticas sustentáveis, fortalecendo a produção agroecológica e preparando-os para os desafios e oportunidades do mercado.

O programa iniciou as atividades na Cooperativa Agrícola Resistencia de Cametá – CART, no Baixo Tocantins, na Cooperativa de Agricultores Familiares de Salvaterra – CAFAS e Cooperativa da Agricultura Familiar Agroextrativista Regional – CAFAR, na região do Marajó, com capacitação dos agricultores que envolve a aplicação do manejo do solo, compostagens, biofertilizantes, entre outros.

O presidente da CART, Manoel Nazareno, falou da importância do projeto para o desenvolvimento dos cooperados e da cooperativa. “Para nós está sendo muito importante, porque com esse treinamento nossos cooperados poderão trabalhar melhor sua terra e aumentar sua produção”, declarou o presidente.

A assistência técnica abrange orientações especializadas, voltadas para a melhoria da produtividade e da qualidade dos produtos das cooperativas. A capacitação em bioinsumos, por exemplo, permite que os produtores aprendam a produzir seus próprios fertilizantes e defensivos naturais, minimizando impactos ambientais. Os produtores estão recebendo treinamento prático sobre a elaboração e aplicação desses insumos naturais, permitindo que suas lavouras sejam mais produtivas ao mesmo tempo em que reduzem impactos ambientais.

De acordo com Romier Sousa, engenheiro agrônomo, doutor em Meio Ambiente e sócio na empresa Terra Preta, a iniciativa do Sistema OCB/PA alinha processos estratégicos para o fortalecimento do cooperativismo, mostrando que é possível fazer uma agricultura de baixa emissões de carbono, altamente produtiva e com qualidade. “O objetivo principal é a conscientização de que é possível produzir alimentos mais saudáveis e de qualidade a partir dos sistemas orgânicos e agroecológicos. Segundo que as cooperativas podem buscar mercados que valorizem mais esses produtos, especialmente no tocante a agregação de valor” destaca o professor.

Em ações como estas, o Sistema OCB/PA reconhece a assistência técnica ambiental como um fator estratégico para o fortalecimento das cooperativas da agricultura familiar. E atua para apoiar as cooperativas nesse processo, promovendo capacitações, incentivando a adoção de técnicas sustentáveis.

“Nosso compromisso é garantir que as cooperativas da agricultura familiar conciliem produtividade, respeito ao meio ambiente e desenvolvimento socioeconômico” concluiu o presidente Ernandes Raiol.

Em uma iniciativa que une responsabilidade social, sustentabilidade e inclusão, a Unimed Belém realizou na última quinta-feira (20), a doação de, aproximadamente, 400 kg de enxovais hospitalares que não possuem mais condições de uso em suas unidades da rede própria para a Cooperativa Social de Trabalho Arte Feminina Empreendedora (Coostafe). A cooperativa, formada por mulheres em situação de privação de liberdade e coordenada pela Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap), transforma os materiais em novos produtos, gerando renda e promovendo a reinserção social.

A iniciativa é parte do Programa Reciclo da Unimed Belém, que possui o objetivo de realizar o processo de transformação de um material - cuja primeira utilidade terminou - em outro produto, por meio da reciclagem, gerando economia de matérias-primas, água e energia, sendo menos poluente, aliviando os aterros sanitários, cuja vida útil é aumentada.

Os enxovais doados, provenientes das Unidades da Rede Própria da Unimed Belém, ganham nova vida nas mãos das mulheres da Coostafe. Com criatividade e habilidade, elas reaproveitam os tecidos para confeccionar bolsas, ecobags, almofadas, enfeites e outros itens que são comercializados posteriormente. A ação não só evita o descarte inadequado desses materiais, mas também fortalece um ciclo de economia circular, onde resíduos são transformados em oportunidades.

Para as mulheres da Coostafe, a iniciativa vai além do aspecto financeiro: representa também a possibilidade de remissão de pena. Além disso, o trabalho com os enxovais hospitalares oferece uma chance de desenvolver habilidades, resgatar a autoestima e se preparar para um futuro mais digno após o cumprimento da pena. “Através da arte elas podem divulgar a criatividade delas, tudo aquilo que elas tiveram oportunidade de aprender, se capacitar dentro do sistema penal, elas vão colocando as habilidades para fora. A gente trabalha com corte e costura, bordado, pintura, com o artesanato de forma geral, tudo em cima também da sustentabilidade e do tema amazônico”, conta Narayana Brotas, tutora da Coostafe.

A custodiada Jessica Pereira, conhecida como Jhonny, conta que aprendeu na Coostafe uma profissão que pretende levar para o futuro. “A única coisa que eu sabia era desenhar. Eu não sabia costurar, não sabia pintar, aprendi tudo aqui. É uma coisa que eu e uma amiga de trabalho, a gente quer levar para fora, a gente quer fazer o nosso ateliê lá fora”, diz.

Glauce Pantoja, o Simon, atua na cooperativa há dois anos e desenvolveu muitas habilidades ao longo dos anos. “Eu nunca trabalhei assim lá fora, desenhar, pintar, eu pensava que eu não tinha a capacidade de fazer isso. Nós aprendemos muito, uma ajuda a outra aqui. Eu comecei pela costura, mas eu me apaixonei mais pela pintura. A gente fica muito feliz quando chegam as doações da Unimed, os pedaços de tecido viram luxo para nós”, afirma.

Thais Salgueiro, analista de Responsabilidade Socioambiental da Unimed Belém, explica que a doação reforça o compromisso com práticas sustentáveis e socialmente responsáveis. “Ao invés de descartar os enxovais que não podem mais ser utilizados em hospitais, a empresa optou por uma solução que beneficia tanto o meio ambiente quanto a comunidade. A ação está alinhada aos princípios ESG (Environmental, Social, and Governance), que priorizam a sustentabilidade e o impacto social positivo”, afirmou Thais. Em junho de 2024, a Unimed Belém doou cerca de 780 kg de materiais para a Coostafe. Já em novembro do mesmo ano, foram 696 kg.

Além disso, a iniciativa chama a atenção para a importância do reaproveitamento de materiais em um mundo que enfrenta desafios ambientais cada vez maiores. Ao transformar lençóis hospitalares em novos produtos, a Coostafe e a Unimed Belém mostram que é possível conciliar sustentabilidade, inclusão social e geração de renda.

Fonte: Assessoria Unimed Belém