
Uma das referências no transporte em Itaituba e Santarém, a Cooperativa Mista dos Condutores Autônomos de Veículos Rodoviários Bubure (CMCAVR) reelegeu o atual presidente, Juvenal Soares. A diretoria empossada em Assembleia Geral Ordinária (AGO) no final de fevereiro estará à frente da gestão pelos próximos dois anos. Na ocasião, o Sistema OCB/PA auxiliou no andamento da AGO.
“Acompanhamos a Pré-assembleia e a Assembleia Geral Ordinária (AGO-2019) onde em ambas as oportunidades foram prestadas orientações técnicas e legais ao quadro social. Diante das deliberações tomadas, a nova diretoria foi eleita e empossada com a reeleição do Presidente. A cooperativa representa tamanha importância aos mais de 60 cooperados e presta serviços à sociedade, efetivando a integração e mobilidade de pessoas em Itaituba e Santarém”, explicou o analista de desenvolvimento de cooperativas do Sistema OCB/PA, Jamerson Carvalho.
Atualmente, a cooperativa possui a permissão para o serviço convencional de transporte rodoviário intermunicipal de passageiros. Em conformidade com esquema operacional fixo homologado pela ARCON, realiza-se o serviço convencional de longo percurso, cujas linhas apresentam trajetos superiores a 250 km de extensão, utilizando ônibus rodoviário de média capacidade com espaço para 29 a 40 passageiros, assim como de alta capacidade, com mais de 40 bancos.

Na linha Itaituba-Santarém, é disponibilizada frota operacional de 10 veículos a atenderem diariamente, com horários de saída às 06h, 16h e 22h. Já a linha Itaituba-Novo Progresso possui frota operacional de 6 veículos com horário de saída às 10h, a mesma quantidade para Marabá-Altamira (horário de saída às 07h) e Itaituba à Altamira (horário de saída às 06h).
A reestruturação de frota, ampliação das rotas e exploração de novas atividades no segmento de transporte são alguns dos próximos desafios que a Buburé estará construindo com apoio do Sistema OCB/PA. A singular está se organizando para executar um planejamento que prevê ampliação do mercado através do Programa de Aprimoramento da Gestão Cooperativista (GESCOOP).
“Agradecemos a confiança que nos foi mais uma vez depositada para esse desafio tão grande que é gerir a Buburé. Faremos um trabalho de agregação de todos os nossos cooperados, fazendo os ajustes necessários para que nossa cooperativa seja competitiva, íntegra e proporcione felicidade aos associados. Para isso, contamos com o apoio da OCB/PA e dos demais parceiros”, enfatizou Juvenal.

A demanda apresentada tanto pelo mercado institucional como o de alimentação fora do lar evidenciou uma necessidade no I Workhsop do ramo agro: a organização produtiva é urgente. A variedade de mercadorias, escala suficiente e logística de atendimento apenas serão possíveis com a união das cooperativas. Para tanto, o resultado prático do evento ocorrido na última quarta (13) foi a formação de um comitê que definirá os procedimento para a constituição de uma central a ser formada por singulares da região metropolitana, nordeste e marajó.
Dentro do planejamento estratégico desenhado pelo Sistema OCB/PA para o ramo agro, o objetivo é constituir 3 centrais ao longo do Estado, tornando o cooperativismo uma referência no setor e um dos líderes do mercado agro. Nas regiões metropolitana, nordeste e Marajó, se unirão as cooperativas CAMTA, CASP, CART, Coopasmig, D’irituia, Copagro, Copavem, Semente do Marajó, Coopaben, Amazoncoo, Cooprima, Coapemi, Coomac de Curuçá.
As cooperativas definiram os integrantes do comitê de debate e já estipularam a data para a primeira reunião. A intenção é criar um plano de trabalho e construir estatuto social a ser validado por ocasião do Seminário Internacional do Cooperativismo Agropecuário. O evento ocorre em Castanhal no Instituto Federal do Pará (IFPA), dia 22 de abril.

O Sistema OCB/PA já iniciou as articulações políticas com o Governo do Estado e Prefeitura de Belém para a concessão de espaço a funcionar como um entreposto. No local, será feito o recebimento da produção agropecuária dos municípios envolvidos. “Compreendemos que o grande impedimento ao acesso das cooperativas ao mercado mais qualificado é a estrutura produtiva, que consiste em produzir a mercadoria requisitada, no volume necessário, e ter logística para fazer esse produto chegar ao cliente. Hoje, não há cooperativa com esse estofo, mas a Central é o caminho”, explicou o consultor do Sistema OCB/PA e gestor da NÓS Consultoria, Andreos Leite.
Na Programação, o Workshop apresentou os resultados obtidos em estudo feito pela NÓS Consultoria sobre as compras da “alimentação fora do lar”, como uma nova opção de mercado frente ao institucional. Foram consultadas 16 empresas vinculadas à Associação de Bares e Restaurantes no Estado do Pará (ABRASEL). Lideram o consumo as carnes, produtos beneficiados em geral, lácteos, produtos de origem animal, crustáceos, moluscos polpas de frutas, hortaliças e leguminosas, derivados da mandioca, grãos manteiga, óleos e sementes.

O estudo analisou os fatores mais preponderantes, levando em consideração as necessidades dos estabelecimentos com o objetivo de entender o mercado local, suas dinâmicas logísticas e viabilidade de fornecimentos e produtos. No total, 40% considera o preço importante, mas 93% definiu a qualidade do produto como prioritário e, 60%, o atendimento. Cerca de 80% dá prioridade para quem faz a entrega no próprio local e 87% prioriza a origem do produto, embora as certificações não sejam altamente exigidas. Sobre o consumo de aves, peixes e carne bovina, cada empresa compra mais de 100kg por mês, algumas chegando a 500kg. Os derivados da mandioca (farinhas, goma, macaxeira, polpa e maniva), polpas variadas (em especial laranja, limão, abacaxi, cupuaçu, taperebá, maracujá e bacuri), produtos lácteos (leite in natura, creme de leite, queijos, manteiga, iogurte), hortaliças e leguminosas.

“Já fizemos a aproximação com a Abrasel e os associados estão extremamente interessados em fazer negócio com as cooperativas. Temos um termo de cooperação técnica, já realizamos ações em conjunto e os empresários já conhecem os produtos das cooperativas. Falta apenas nos organizarmos para atender as demandas”, explicou o presidente do Sistema OCB/PA, Ernandes Raiol.
Compras públicas
Produtos competitivos, adequação às exigências de mercado e conhecimento sobre a legislação são os requisitos necessários para se acessar o mercado institucional, que também foi tema de debate no Workshop. Foram apresentadas as plataformas de cadastro de compras governamentais disponibilizadas pelo Ministério de Desenvolvimento Social, pelo Ministério da Cidade e pelo próprio site da OCB Nacional. A Nós Consultoria credenciou todos os participantes os quais receberão automaticamente os informes sobre editais de compras.
Na ocasião, a cooperativa D’Irituia apresentou seu case de acesso às compras. A cooperativa conseguiu acessar chamada pública da UFPA com valor de aproximadamente R$ 35mil. Já a Coopasmig, que também apresentou seu case, teve acesso ao PAA junto às forças armadas. Será feita uma entrega de farinha para o exército no valor de 13,5 toneladas.

Atravessando o Brasil ao longo de 7.907 quilômetros, nove cidades e sete estados brasileiros, o expresso do Instituto Sicoob desembarcou no Pará na última semana. O projeto proporciona cursos de qualificação em diversas áreas para as comunidades em que as cooperativas estão inseridas. Já foram atendidos os municípios de Castanhal, Santa Izabel, Marituba e a capital do Estado. Daqui a duas semanas, o expresso retorna por Tucuruí.
No itinerário, o expresso saiu de Maringá no Paraná, passou por Leme, no interior de São Paulo, e veio para o solo paraense. Nesta quarta, o ônibus embarca para Macapá e em 10 dias volta para Tucuruí, fazendo o retorno por Tocantins, Brasília, Goiânia, Minas Gerais, Ribeirão Preto e Maringá.
A expectativa é que a plataforma móvel de ensino retorne somente no dia 19 de abril, após 54 dias de estrada. O objetivo é dar a oportunidade de pessoas de outras localidades do Brasil também conhecerem a plataforma e terem acesso ao conhecimento gratuito ofertado por meio dos cursos disponibilizados na modalidade de Educação à Distância (EAD).
O Expresso Instituto Sicoob é um ônibus adaptado e equipado com mesas, assentos, notebooks, televisores, impressora e acesso à internet. A plataforma de estrutura móvel de ensino é um projeto de livre acesso e tem como objetivo promover a igualdade à educação técnica de qualidade, por meio de uma educação inovadora e democrática. Ao final de todos os 53 cursos ofertados, que variam entre 4 e 6 horas e podem ser consultados na relação anexa, o aluno recebe um certificado.
O programa, de livre acesso, prioriza o atendimento a pessoas vinculadas a entidades sociais, prefeituras e escolas públicas e privadas. “Capacitamos o público atendido para a conquista do primeiro emprego ou o aprimoramento de conhecimentos e habilidades pessoais e organizacionais. A proposta de oferta de cursos gratuitos, de temas variados e com certificado, atrai jovens e adultos em busca de maior qualificação para o sucesso profissional”, explicou Jaime Ceoli, assistente técnico do Instituto Sicoob.

Raphael Vale, presidente da COOBER primeira Cooperativa de Energia Renovável do Brasil, fala sobre os principais desafios para o crescimento desse modelo.
Brasil, um país de clima tropical, abençoado por Deus e cooperativo por natureza. Essa combinação nos posiciona como um dos potenciais produtores de energia renovável em todo o planeta, mas uma série de fatores vem emperrando o crescimento do setor.
É evidente que, nos últimos 6 anos, tivemos avanços animadores com a descentralização do Sistema Elétrico Brasileiro (SEB) e a consolidação da Geração Distribuída (GD). Nessa modalidade, o consumidor produz sua própria energia de forma renovável, consome a energia e injeta o excedente na rede elétrica para futura compensação. O consumidor transformou-se em prosumidor (produtor + consumidor).
Essa mudança se iniciou em 2012 no Brasil através da Resolução Normativa nº 482/2012 da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), tornando-se uma crescente realidade no Brasil. Porém, apenas na revisão da norma, que entrou em vigor em 01 de março de 2016, foi permitido que cooperativas pudesse participar desse sistema.
O estado do Pará foi o berço da cooperativa pioneira nessa modalidade, na cidade de Paragominas. A Cooperativa Brasileira de Energia Renovável e Desenvolvimento Sustentável (COOBER) inaugurou a 1ª usina solar cooperativista do país em agosto de 2016. Vários fatores possibilitaram a ideia sair do papel: a possibilidade jurídica/regulatória, o espírito empreendedor e inovador dos fundadores, a cooperação com a OCB/PA, OCB, DGRV (Confederação alemã de cooperativas), SICREDI e a prefeitura local.
Em contrapartida, os resultados obtidos até então são curisosos: Atualmente, temos apenas 8 cooperativas operando em Geração Distribuída: quatro de fonte solar, três hidráulicas e uma de biomassa. Elas ficam localizadas em Rondônia, Minas Gerais, Pará, Paraná e São Paulo.
Tive a oportunidade de orientar diversos grupos interessados em constituir cooperativas de energia renovável, mas por que continuamos com números tão pequenos? O que está travando esse “boom”?
O modelo da regulação que temos não é favorável para a expansão das cooperativas por penalizar a instalação de usinas “puras” (que não tem carga instalada). Ao passarem do limite regulatório de baixa para alta tensão entre a micro e a mini geração, estas devem pagar a demanda contratada, ou seja, são tratadas como se tivessem carga instalada em sua usina. É necessário o aprimoramento da regulação
Esse é apenas um pequeno exemplo de dificuldade para a expansão do potencial das cooperativas para gerarem energia em todo o Brasil de forma: democrática, sustentável, moderna, descentralizada, com menos perda e com ganhos para toda a sociedade.
Está aberta a audiência pública 001/2019 da ANEEL, para obter subsídios para a Análise de Impacto Regulatório (AIR) sobre o aprimoramento das regras aplicáveis à micro e minigeração distribuída (Resolução Normativa nº 482/2012).
O movimento cooperativista espera que essas alterações beneficiem a expansão das cooperativas de geração de energia renovável em geração distribuída, corrigindo as imperfeições, limitações e travas ao surgimento de mais cooperativas. O Brasil pode ser a referência mundial no setor e as cooperativas são o caminho!

Cooperativas da Região Metropolitana, Nordeste e do Marajó serão as primeiras a receber o Workshop de Compras Públicas, a ser realizado em todas as regiões paraenses. Serão apresentados os resultados do trabalho desenvolvido junto às Forças Armadas, com apoio do MDS e outras Instituições, com o objetivo de posicionar o cooperativismo no mercado institucional.
O presidente do Sistema OCB/PA, Ernandes Raiol, fará a abertura do evento nesta quarta (13), a partir das 13h no Auditório do Sistema OCB/PA. A Nós Consultoria fará a apresentação das plataformas de cadastro de compras governamentais e o levantamento de demandas realizada junto aos estabelecimentos associados à ABRASEL. A informação servirá como foco mercadológico para subsídio de ambiência de negócio. Também haverá diálogos com as cooperativas D' Irituia e COOPASMIG, que tratarão sobre suas experiências.
Fechando o Workshop, o Sistema OCB/PA retomará o debate sobre alinhamento da Central formada pelas cooperativas do Nordeste Paraense.“Contamos com a participação de todas as singulares envolvidas para que tenhamos continuidade no planejamento estabelecido para o ramo agropecuário, que é um dos sustentáculos da nossa economia. Com base nas informações obtidas ao longo destes anos, como Diagnóstico do Cooperativismo, estamos traçando um rumo integrado de crescimento para o setor”, afirmou o presidente do Sistema OCB/PA, Ernandes Raiol.