
A aproximação com a Junta Comercial do Estado do Pará (Jucepa) vem trazendo bons resultados para as cooperativas paraenses ao longo dos últimos anos. Assertividade e celeridade nos processos de registro na entidade são algumas das vantagens que continuarão beneficiando as singulares em suas demandas. Em reunião com a presidente Cilene Sabino, o Sistema OCB/PA tratou sobre o fortalecimento do empreendedorismo no Estado através das cooperativas e ações a serem executadas em conjunto para atender a esta finalidade.
O objetivo institucional da Jucepa é dar legalidade aos atos do registro público de empresa mercantil e atividades afins, garantindo a sua segurança e validade. Também disponibiliza informações mercantis à sociedade em seus diversos níveis com caráter público, podendo qualquer pessoa obter certidão integral ou parcial de todos os atos registrados.
“Buscamos sempre o crescimento e modernização da organização, sustentada em conceitos e diretrizes da qualidade. Parcerias como a do Sistema OCB/PA atendem nosso planejamento estratégico de melhorar a consistência das informações, disseminar conceitos e técnicas referenciais, criar e melhorar continuamente os processos voltados à qualidade”, explicou Cilene.
De acordo com o presidente do Sistema OCB/PA, Ernandes Raiol, outra medida importante é aproximação com o deputado federal Celso Sabino, que será mediada pela presidente da Jucepa. O Sistema recebeu convite para a posse do deputado em Brasília, que ocorre no dia 01 de fevereiro.
“Agradecemos à presidente Cilene Sabino pela visita especial e institucional à casa do Cooperativismo Paraense. Tenha certeza que a nossa parceria se fortalecerá com o seu comando frente a este órgão, tão importante e imprescindível para o Estado do Pará. Juntos, ajudaremos o povo paraense a gerar trabalho, renda e empregos”, completou Raiol.
Somente em 2018, a Cooperativa Agrícola Mista de Tomé-Açu (CAMTA) pagou um total de aproximadamente R$ 3milhões em Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). A economia gerada por um diferimento no tributo contribuiria decisivamente para a ampliação da competitividade dos cooperados, verticalização produtiva e migração para outros nichos de negócio. Com o apoio do Sistema OCB/PA, a cooperativa está construindo projeto a ser encaminhado ao Governo do Estado.
Nesta semana, o presidente da CAMTA, Alberto Oppata, se reuniu com o presidente Ernandes Raiol e com o economista Edson Roffer. Foram discutidos detalhes acerca do projeto de incentivo fiscal sobre o preço de produtos, em especial sobre a acerola e cupuaçu. Só com a acerola, por exemplo, a arrecadação tributária foi de R$ 1milhão no último ano. No total, a cooperativa paga cerca de R$ 230mil por mês de ICMS.
Na proposta do projeto que está sendo construído, se prevê um desconto de 90% no imposto. O ICMS incide 12% do valor declarado na nota fiscal do produto. Se o projeto for aprovado, a cooperativa pagaria apenas 1,2%, economizando cerca de R$2,7 milhões a serem revestidos em projetos de desenvolvimento socioeconômico no Estado.
“Devido a várias questões que enfrentamos, a cooperativa teve uma queda nas vendas e isso nos preocupa. Precisamos do incentivo para garantir a sustentabilidade do negócio. A CAMTA, desde 1928, contribui com o crescimento de Tomé-Açu, envolvendo direta e indiretamente quase 10mil pessoas entre cooperados, colaboradores e outros produtores do município atuantes em associações”, reiterou Alberto Oppata.
O valor a ser reinvestido internamente beneficiaria o projeto de verticalização, aquisição de novos equipamentos, melhoria da linha fabril e exploração de outros tipos de produtos, como o sorbê (sorvete que não possui leite em sua composição), geleadas e, principalmente, o chocolate. A CAMTA, inclusive, foi um dos agentes protagonista para a conquista da primeira Indicação Geográfica de um produto agrícola com cunho na sustentabilidade do Pará. Tomé-Açu é reconhecida atualmente como a cidade do cacau.
“Apesar de termos exportação para países como EUA e Japão, nosso maior mercado continua sendo o próprio Estado. Isso mostra que, além de trazer benefícios para o município local, participamos ativamente do abastecimento alimentício no Pará, em que se pese o mercado de polpa de frutas na região metropolitana de Belém. Nosso objetivo é fortalecer ainda mais o cenário estadual, ampliando o alcance dos nossos produtos, por exemplo, à região sul do Pará. Porém, precisamos ter preço competitivo”, completou Oppata.
A proposta de diferimento terá o apoio político do Sistema OCB/PA, que já iniciou um trabalho de aproximação com os novos titulares de secretarias que integram o Governo recentemente eleito. O titular da Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (SEDAP), por exemplo, é o antigo membro da diretoria do Sebrae/PA, Hugo Suenaga, que já possui um contato aproximado com as cooperativas.
“Também já iniciamos o diálogo com a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia para conseguirmos esse benefício fiscal para os produtores. O Governo, desde a época das eleições, assinou o compromisso de contribuir com o cooperativismo e tenho certeza que ouvirá as demandas da CAMTA, assim como das demais cooperativas”, comenta Ernandes Raiol.

Diariamente, milhares de paraenses são conduzidos em todo o Pará pelas cooperativas de transporte rodoviário de passageiros, que contribuem diretamente com o crescimento da economia do Estado. Para ampliar esse potencial, as singulares definiram uma grade de capacitações para cooperados e colaboradores em reunião com o presidente do Sistema OCB/PA, Ernandes Raiol. Participaram a diretoria da COOTAIT, BUBURÉ e SICOTRAN.
No total, as cooperativas abrangem um número de 300 cooperados atuantes em diversas linhas de transporte interestadual. Estiveram presentes o presidente da SICOTRAN, Beto Corrêa, o presidente e vice-presidente da COOTAIT, Izaque Alves e Fábio Machado e o presidente da cooperativa Buburé, Juvenal Silva.
“Entendemos a parceria com o Sistema OCB/PA como sendo estratégica para o desenvolvimento das nossas atividades, sobretudo no alcance de um nível técnico e profissional que destacará nosso trabalho frente ao mercado competitivo. Neste sentido, a qualificação profissional é indispensável”, enfatizou Izaque Alves.
Um dos cursos a serem realizados é o de Transporte Coletivo de passageiros, regulamentada pela resolução 168 do CONTRAN, através da qual o motorista é obrigado a ter o curso específico de condução. Em articulação com o Centro Amazônico de Ensino Profissionalizante (CAEP), o Sistema OCB/PA estreitou as negociações para diminuir o valor de cursos aos cooperados.
“Temos buscado todos os recursos necessários para proporcionar um ambiente favorável ao fomento do cooperativismo de transporte. Não há outro caminho senão a capacitação. Estamos dialogando com as diretorias das singulares para identificarmos, inclusive, dirigentes e cooperados com perfil que possam participar do curso de MBA aberto no polo Oeste do Estado”, explicou o presidente Ernandes Raiol.

A preservação histórica e patrimonial da identidade paraense perpassa, também, pela produção oriunda de cooperativas. Conforme resultados obtidos em reunião com a nova secretária de Cultura do Governo do Estado, Úrsula Vidal, o cooperativismo terá espaço de destaque nas ações desenvolvidas pela pasta, incluindo o Sistema OCB/PA no grupo de organizações responsáveis por articular um plano de ações estadual.
Úrsula é pernambucana, com graduação em Comunicação Social na Universidade Federal do Pará e em Jornalismo pela Universidade Hélio Alonso, no Rio de Janeiro. É radialista, jornalista, produtora audiovisual e ativista cultural, com mais de 30 anos de experiência. Participaram da reunião o presidente do Sistema OCB/PA, Ernandes Raiol e o superintendente Júnior Serra. Foram apresentadas algumas das cooperativas que desenvolvem atividades importantes no fomento à cultura.
Em Parauapebas, a Mulheres de Barro. O grupo nasceu de atividades ambientais realizadas pela Vale em 2005, na época da implantação do projeto Salobo. Desde então, a cooperativa vem desenvolvendo ações para valorização da história e cultura de Carajás e para o fortalecimento da atividade artesanal, com a produção, venda e divulgação de produtos cerâmicos inspirados em artefatos encontrados, por meio de pesquisas arqueológicas.
Outra cooperativa apresentada foi a Cooperativa de Arte Feminina Empreendedora (Coostafe). Entre outras atividades, as reeducandas do Centro de Recuperação Feminino de Ananindeua formaram a primeira cooperativa de presas no Brasil em que as detentas produzem e vendem artesanatos como uma ação empreendedora e, principalmente, de reabilitação.
“A conversa foi ótima e a parceria se mostrou bastante promissora. Vimos o empenho da titular da Secult em tornar a produção cultural paraense ainda mais efetiva, tanto como forma de preservar a identidade paraense quanto para promover as condições necessárias ao crescimento econômico dos nossos empreendedores”, enfatizou o presidente Raiol.

Mais de 66mil paraenses estão envolvidos com o cooperativismo, mas apenas um grupo reduzido possui especialização na área. O MBA em Gestão de Cooperativas é uma oportunidade única para o profissional se destacar em um mercado que demanda qualificação, atualização e diferenciais competitivos. Na região Oeste do Pará, o SESCOOP/PA está com inscrições abertas para o curso de pós-graduação latu senso até o dia 11 de fevereiro.
Uma das vantagens do MBA é a absorção de conhecimentos específicos nas áreas de gestão e administração do setor, que não são aprofundadas em cursos de graduação. Dentro da grade curricular do curso, serão trabalhadas disciplinas como Direito das cooperativas, Governança corporativa: gestão e direção nas sociedades cooperativas, Plano de negócios, Contabilidade e análise do desempenho das cooperativas, Técnica de negociação, Estratégias e marketing, Gestão de pessoas e equipes.
“O MBA pode ser uma oportunidade para sair da própria zona de conforto. Seja através das aulas, de palestras ou até mesmo de conversas com os colegas, somos encorajados a pensar a partir de outras perspectivas sobre o mundo e as tendências de negócios, gestão e projetos. Passamos a olhar para novos horizontes”, enfatizou o analista de desenvolvimento de cooperativas do Sistema OCB/PA, Diego Andrade.
Um dos benefícios mais significativos de fazer um MBA são as temáticas atualizadas. Com a internet, as informações são passadas cada vez mais rápido, acirrando a competitividade do mundo corporativo. Por isso, as temáticas dos MBAs são constantemente atualizadas. Marketing Digital, Design Thinking e Big Data são exemplos de algumas dessas temáticas atuais, que podem ser o curso completo ou apenas fazer parte dos programas. A atualização dos MBAs acontece também pela introdução de novos modelos pedagógicos, que incluem metodologias mais focadas no desenvolvimento do pensamento crítico e no trabalho em equipe.
INSCRIÇÕES
A seleção dos inscritos pelas próprias cooperativas será realizada por uma Comissão composta por membros do SESCOOP/PA, necessitando que o candidato tenha escolaridade em nível superior e preencha os requisitos previstos em edital. No processo de seleção, serão levados em consideração os critérios estabelecidos, além de análise curricular. As inscrições deverão ser realizadas no período mencionado com o preenchimento da ficha de inscrição e entrega da documentação pelos candidatos. Caso a cooperativa não possua sede em Belém/PA, poderá efetuar a inscrição encaminhando toda a documentação solicitada por e-mail.
“Nosso propósito é ampliar os conhecimentos dos participantes nas modernas técnicas gerenciais para cooperativas, contribuindo a um melhor desempenho organizacional e profissional. Essa mão de obra qualificada irá atender as necessidades das singulares com relação ao aprimoramento e desenvolvimento da gestão. A partir disso, mudaremos o cooperativismo paraense de patamar”, explicou o presidente do Sistema OCB/PA, Ernandes Raiol.
Acesse o edital do MBA: http://paracooperativo.coop.br/media/attachments/2019/01/03/minuta-de-edital---mba.pdf