“Por que competir se podemos cooperar?”. Foi a partir desse questionamento que duas cooperativas de Santarém, a Cooprusan e a Coopromubel, decidiram trabalhar em prol de um mesmo objetivo: crescer. As duas se uniram em 2018, formando a CCampo, e, com pouco mais de um ano, já começam a colher os resultados. Foram produzidas 240 mil polpas em 2019. Para 2020, a meta é chegar a 300 mil.
Pode-se dizer que o ano de 2019 foi particularmente desafiador para a nova singular. Com muito mais cooperados e duas culturas organizacionais marcantes, a CCampo se centrou em estabilizar o empreendimento: aumentar o volume de produção, otimizar e reduzir os custos e, claro, buscar novos mercados.
À época com 10 anos, a Cooprusan, cooperativa de agricultura familiar e de produção de polpas, contava com 89 cooperados e a Coopromubel, também de agricultura familiar, estava no mercado há 7 anos e tinha 69 cooperados.
“Percebemos que, basicamente, produzíamos as mesmas coisas, estávamos concorrendo aos mesmos mercados e ambas tínhamos gastos administrativos, contábeis e de logística muito altos. Fizemos um estudo de cenário, de produção e a vantagem da união foi bem evidente”, explica Mário Zanelato, presidente da CCampo.
Com base na agricultura familiar, a cooperativa comercializa produtos de hortifruti, como banana, melancia, abacaxi, mamão, jerimum, laranja, tangerina, limão, couve, cheiro verde, alface, maxixe e quiabo. Também possui uma agroindústria para a produção de 11 sabores de polpas de fruta totalmente sem conservantes e corantes.
A acerola é a campeão de venda, com 30% do volume de produção. De melancia, foram produzidas 500 toneladas, de macaxeira, 200, de farinha de mandioca, 300, de goma de tapioca, 100. De jerimum foram mais 100 toneladas, de limão, 50, e de banana, 300.
Este ano, o cenário da CCampo é bem mais promissor. Com 220 cooperados, a cooperativa fornece produtos para a merenda escolar de 7 municípios: Santarém, Belterra, Itaituba, Óbidos, Alenquer, Curuá e Juruti. Também abastece os mercados de Juruti, Alenquer e Santarém. A expectativa de crescimento é de 15 a 20% por ano até 2022. As forças armadas também estão presentes no portfólio de cliente da cooperativa.
Expansão
Ainda para este semestre, está prevista a abertura de filias em Itaituba, Alenquer e Juruti. Só em Alenquer são 40 cooperados. “O nosso objetivo é oferecer o que há de melhor em atendimento para o nosso cooperado. Vamos iniciar agora no mês de fevereiro a prestação de serviço de assistência técnica. Tudo para que eles tenham condições de produzir e nós de comercializar. Esse é o papel da cooperativa”, enfatiza Zanelato.
No próximo mês, a cooperativa fará o lançamento das novas embalagens de polpas de frutas, mais modernas e antenadas às novas demandas de mercado. Também está previsto para este ano uma nova polpa, a de graviola. “O consumidor está pedindo e já temos cooperados começando a produzir graviola. Vamos investir”, arremata Zanelato.
Visão
Em 2018, as então cooperativas Cooprusan e Coopromubel participaram do Programa de Aprimoramento da Gestão Cooperativista do Sistema OCB/PA (Gescoop), que identificou o mesmo perfil de ambas e realizou os estudos que apontaram para as vantagens de uma união entre as duas.
“À época, todo o processo legal, social e econômico foi levado em consideração. Foram várias etapas até chegarmos aqui. Não foi fácil, mas superação é uma das marcas do cooperativismo paraense e, agora, ver a CCampo começando a colher os frutos desse grande trabalho nos dá muito orgulho”, enfatiza Ernandes Raiol, presidente do Sistema OCB/PA.
A CCampo também participou da 1ª Feira de Negócios do Cooperativismo (Fencoop), em Belém, em 2019, e confirmou presença na segunda edição. “A Fencoop é uma excelente vitrine para nós. Das pessoas mais simples a empresários e gestores públicos, todos puderam conhecer a qualidade dos nossos produtos”, finaliza Zanelato.
A próxima edição a Fencoop será de 1ª a 3 de abril em Belém, na Estação das Docas.
Serviço: Para mais informações sobre a CCampo: (93) 99149-6877
Texto: Ísis Margalho
O parlamentar recebeu o documento “Qualificação de Demandas Cooperativistas para Emendas Parlamentares”, conheceu um pouco mais sobre o cooperativismo e o trabalho desempenhado pelo Sistema OCB/PA ao longo do Estado. Vavá demonstrou intenção de ser um dos representantes do segmento no Congresso Nacional, integrando também a Frente Parlamentar em Defesa do Cooperativismo (FRENCOOP).
A deputada estadual Prof. Nilse Pinheiro é a presidente da FRENCOOP/PA. Para ela, o cooperativismo é uma alternativa viável para gerar desenvolvimento econômico e social. "Temos que ter em mente que o nosso objetivo é gerar emprego e renda. Sem dúvida, o cooperativismo é um dos melhores caminhos para isso. Temos exemplos de cooperativas de vários portes no Estado, mas todos começaram pequenas. E é esse caminho que queremos para este segmento: crescimento”, enfatizou a presidente da FRENCOOP/PA.
Na ocasião, tratou-se sobre as demandas políticas das cooperativas com base nas informações do ramo agropecuário, que busca a verticalização produtiva. O documento entregue apresenta o panorama do segmento e indica as necessidades relacionadas à infraestrutura de 31 cooperativas de todas as regiões paraenses.
As principais demandas ressaltadas foram a aquisição de indústria própria, veículos para transporte da produção, revisão de plano de manejo e da unidade da flona, câmara frigorífica para armazenagem das mercadorias, diferimento fiscal, certificação e envasamento dos produtos.
O deputado confirmou apoio ao segmento e se disponibilizou a remarcar reunião com a presidência do Sistema OCB/PA para dar prosseguimento nas ações. Também confirmou participação na abertura da Feira de Negócios do Cooperativismo.
“Como minhas origens são do sul do país, conheço muito bem o cooperativismo e como é capaz de transformar a realidade local, proporcionando desenvolvimento socioeconômico. Também já tive a oportunidade de conhecer algumas cooperativas paraenses que atuam com a reciclagem e, em conversas com a SEDAP, também pretendemos auxiliar os produtores rurais do nosso Estado”, explicou Vavá Martins.
Agro
Base econômica de grande parte dos municípios paraenses, o segmento agropecuário também possui um peso importante no cenário cooperativista. Segundo o Diagnóstico do Cooperativismo Paraense, o ramo agropecuário é composto por 62 singulares e cerca de 6.083 cooperados. Desses, 80% são voltados à produção familiar. Foi a partir dessa leitura, que o Sistema OCB/PA sentiu a necessidade de produzir o documento voltado às cooperativas agro.
“A conversa com Vavá foi bastante produtiva e a expectativa é boa de conseguirmos benefícios e desenvolvimento às cooperativas. Continuaremos o contato com a equipe técnica do deputado para identificarmos as melhores alternativas. É mais um parlamentar que reconhece a necessidade de fomentar trabalho, emprego e renda através empreendedorismo coletivo”, enfatizou o presidente do Sistema OCB/PA, Ernandes Raiol.
Texto: Fernando Assunção e Wesley Santos
Quanto mais pessoas envolvidas na realização de um projeto, mais braços há para realizá-lo, mais cabeças para pensar e mais forças para executar. É partindo desse pressuposto que o modelo cooperativista vem ganhando cada vez mais adeptos em todo o mundo.
Segundo dados da Organização Internacional de Indústrias e Serviços (ACI), 1,2 bilhão de pessoas no mundo apostam no segmento como uma alternativa para a geração de renda e emprego com democracia e sustentabilidade. Conheça algumas vantagens do modelo de empreendimento coletivo.
1 – Você é um dos donos
No modelo cooperativista, o indivíduo está no centro do negócio. Todos os devidamente associados junto à cooperativa são donos e também colaboradores. Você participa de todas as decisões, eleição de gestão, eventuais reformas no estatuto da cooperativa, distribuição orçamentária, etc. As deliberações acontecem por meio das Assembleias Gerais, que são o órgão máximo de decisão dos cooperados. As Assembleias Gerais Ordinárias (AGO) devem acorrer até março de cada ano. Fora do período, as decisões podem ser feitas por meio das Assembleias Gerais Extraordinárias (AGEs).
2 - O lucro é divido entre os colaboradores
Diferente das empresas tradicionais, que visam o lucro individual, nas cooperativas o montante arrecadado é dividido entre todos os associados, de acordo com a participação de cada um nas atividades da instituição. Além disso, o serviço prestado pelas cooperativas de crédito, por exemplo, oferecem juros até 20% menores que os bancos maiores. Isso justamente porque as cooperativas não têm fins lucrativos.
3 – Promoção do desenvolvimento da comunidade local
De acordo com o 7º princípio do cooperativismo, interesse pela comunidade, as cooperativas têm compromisso com o desenvolvimento da região onde atuam. Um exemplo disso é a Cooperativa Agrícola Mista de Tomé-Açu (CAMTA).
O trabalho da cooperativa começou com a produção de pimenta-do-reino. Depois de muitas dificuldades enfrentadas, como a baixa da pimenta-do-reino no mercado, pragas e enchentes, os cooperados conseguiram desenvolver e implantar o sistema de produção sustentável. O método, hoje conhecido como agroflorestal, possibilitou a ampliação da produção, com a introdução de frutas tropicais, oferecendo mais qualidade aos produtos e rentabilidade aos cooperados, gerando renda e movimentando a economia local.
A CAMTA hoje é referência internacional em Sistema Agroflorestal (SAF) e pelo desenvolvimento promovido em Tomé-Açu, beneficiando mais de 800 famílias.
Ficou interessado no modelo cooperativista? Quer conhecer mais das vantagens da organização em cooperativas? Agende uma visita à Casa do Cooperativismo.
Cursos, palestras e acompanhamentos de AGEs na semana de retomada das atividades do Sistema OCB/PA. Chaves, Tomé-Açu, Marabá e Santarém são algumas das cidades atendidas. O prazo para realização das Assembleias Gerais Ordinárias (AGOs) é até março, as singulares podem agendar a participação da equipe técnica do Sistema OCB pelo e-mail ?
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Os avanços do cooperativismo em 2019 foram destaque no jornal Diário do Pará deste domingo (12). No total, 658 ações foram realizadas, um crescimento de 14,63% em comparação com 2018. Sobre as cooperativas atendidas, a evolução foi de 64,6%. A formação profissional teve 215 eventos, nos quais foram atendidas 15.775 pessoas vinculadas a cooperativas. Dos recursos investidos na área, 27% foram destinados ao Programa de Mestrado Profissional, iniciativa pioneira no país. ✅✅
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