
Todos os dias, as 300 pessoas que transitam em média pela sede da cooperativa Sicredi Belém são recebidas com música ambiente ao vivo, atendimento personalizado e quitutes especiais. Até nestes quitutes, os associados poderão experimentar a pegada ecológica da Sicredi, que firmou intercooperação com a cooperativa D´Irituia para fornecimento de produtos orgânicos oriundos da agricultura familiar do Estado, livres de conservantes e agrotóxicos. Na última quarta (25), a Diretoria e os colaboradores oficializaram a parceria em cerimônia de comemoração dos aniversariantes do mês, que contou com exposição e degustação dos produtos. A D´Irituia também é associada ao Sicredi e vislumbra acessar crédito para incrementar suas atividades.
Serão comercializados preliminarmente polpas de frutas para suco, brigadeiro de chocolate natural, mel de abelha, café, biscoito de castanha e o “mandioqueijo”, um pão de queijo feito da massa de macaxeira que não endurece com o passar do tempo. A perspectiva é que o fornecimento dos produtos represente um acréscimo financeiro de pelo menos R$ 500 mensais para a D´Irituia, além de ser uma forma de divulgá-la para os 1.600 sócios que podem se tornar futuros clientes. “A Sicredi Belém tem um atendimento diferenciado e, conversando com a Diretoria, propus que comprassem de Irituia. São adquiridos 10kg de café por mês que, se juntado à encomenda de salgados, sucos e brigadeiros, dá uma renda a mais para o agricultor. A ideia é fornecer aos poucos esses produtos. Além do mais, poderemos divulgar para outros potenciais clientes”, afirmou o Diretor Administrativo da D´Irituia, José Romano.

A intenção é que o dinheiro gerado dessa produção fique na conta da cooperativa D´Irituia no Sicredi. Movimentando a conta mensalmente, o acúmulo de capital dará condições para solicitar financiamento aos projetos de infraestrutura em andamento. Estuda-se a estruturação de uma cozinha industrial para o beneficiamento em escala dos produtos artesanais como biscoito e café. Pelo cálculo feito, em seis meses já se terão recursos disponíveis para a cooperativa solicitar o crédito.
“Pensamos nos três estágios: ampliar a produção, agregar valor e verticalizar. Beneficiando artesanalmente, já agregamos ao não vender somente a matéria prima. Queremos sair do estágio de artesanal para mais avançado, trabalhando a questão da embalagem e dos equipamentos necessários. Porém, também preciso ter área para escala de produção. O crédito é fundamental neste sentido”, completou Romano.
A intercooperação entre as singulares já ocorre há 2 anos, quando a cooperativa D´Irituia acessou a Fundação Banco do Brasil e conseguiu um caminhão que, entretanto, precisava de uma carroceria. O Sistema OCB, indicou a Sicredi Belém, na época UNICRED que disponibilizou o recurso para a compra. “Notícias como essa sempre nos deixam animados porque acredito, sim, na intercooperação. É a forma mais fácil de conseguirmos suprimir os gargalos de cada ramo. Estamos em uma grande rede. Cada um precisa do outro. Por isso, precisamos desse olhar mais cooperativista nos negócios que estabelecemos. Parceria é tudo”, afirmou o presidente do Sistema OCB/PA, Ernandes Raiol.


A parceria entre o Sebrae/PA, Sistema OCB/PA e a Prefeitura de Juruti pretende ampliar a capilaridade de negócios do município. Na última quarta (24), foi feita uma reunião em conjunto para levantar os focos estratégicos de atuação neste ano. O objetivo é buscar soluções para os principais problemas das cooperativas e micro e pequenas empresas, criando um ambiente favorável ao desenvolvimento dos pequenos negócios.
Participaram da reunião o Prefeito exercício, West Lima e o secretariado do município, Michell Martins Gerente Regional do SEBRAE, Ernandes Raiol Presidente da OCB/SESCOOP-PA e Gustavo Hamoy, presidente do IJUS. Sala do Empreendedor, Turismo Cultural (Festribal) e organização da produção oriunda da Agricultura Familiar foram alguns dos principais temas abordados durante o encontro.
“Tenho dito e reafirmado que as parcerias são um elemento decisivo para o sucesso de um empreendimento. Sem parceria, fica bem mais difícil. Por isso, discutimos o que pode ser feito em conjunto, extraindo o melhor de cada entidade conforme sua expertise. A expectativa é que possamos potencializar a capacidade produtiva das cooperativas, em especial do ramo agropecuário, fortalecendo o pequeno produtor”, afirmou Ernandes Raiol.
O presidente ainda visitou a Cooperativa da Agricultura Familiar de Juruti (COOAFAJUR), que trabalha com produtos oriundos da Agricultura Familiar, como verduras, hortifrútis, farinha de mandioca e seus derivados. Em apenas três anos de operacionalização das suas atividades, a cooperativa já conseguiu expandir mercado e a perspectiva é continuar o crescimento. A singular é um dos resultados do Programa de Apoio à Produção Familiar, dos Planos de Controle Ambiental (PCA) da Alcoa, companhia líder global dos segmentos de bauxita, alumina e alumínio. O objetivo da visita foi conhecer a nova diretoria eleita em Assembleia geral no início deste mês.

Fonte: SEBRAE/PA

A aprovação de uma lei própria do setor, participação nas esferas de discussão política e a estruturação competitiva do cooperativismo são apenas alguns dos vários avanços obtidos pela representatividade do Sistema OCB/PA ao longo dos últimos anos. O cenário ainda aponta para muitas necessidades de articulação do setor, mas que precisam do suporte das cooperativas filiadas. A orientação é que as singulares devem permanecer recolhendo a contribuição sindical apesar do fim da obrigatoriedade sancionada na nova lei trabalhista. As cooperativas que optarem pelo não recolhimento serão consequentemente identificadas como inadimplentes, ficando impedidas de acessarem a todos os serviços disponibilizados.
No final do último ano, entrou em vigor a Lei 13.467/2017 (reforma trabalhista), que altera mais de 100 dispositivos da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) como uma forma de atender às novas dinâmicas das relações de trabalho e modernizar a legislação. Uma das alterações ocorreu na sistemática da contribuição sindical, cujo recolhimento passou a ser facultativo. A sociedade cooperativa não é mais obrigada a pagá-la.
“Mesmo não sendo obrigatório o pagamento da contribuição sindical é instrumento de fortalecimento do trabalho diário de representatividade cooperativista ante o Estado, bem como perante a própria sociedade e entidades representativas de funcionários. Para que nosso sindicato seja representativo, é preciso que ele tenha força para implementar as políticas necessárias à defesa dos direitos e interesses da categoria representada e, somente com o apoio de suas cooperativas filiadas é possível alcançar todos os objetivos da categoria”, afirmou o presidente do Sistema OCB/PA, Ernandes Raiol.
Embora a reforma trabalhista torne o recolhimento facultativo, ela também valorizou e fortaleceu a negociação coletiva, que poderá prevalecer, em alguns pontos, sobre a própria legislação brasileira. A possibilidade de alteração de disposições da legislação trabalhista, nos limites da Lei 13.467/17 e de acordo com as necessidades da cooperativa, por meio das negociações coletivas, é um grande avanço num país que tem diversos níveis de desenvolvimento social e econômico. Assim, as entidades sindicais, após a reforma trabalhista, passaram a ter uma importância muito maior no cotidiano das cooperativas, pois terão maior autonomia para auxiliá-las nas soluções de divergências e harmonização das relações de trabalho.
Além disso, a OCB/PA continuará oferecendo serviços exclusivos às cooperativas, como auxílio em negociações coletivas de trabalho, consultoria jurídica a seus associados, promoção de eventos, cursos e treinamentos, bem como permanecerão exercendo a prerrogativa de colaborar com o Poder Público e participar de órgãos públicos e privados em defesa dos interesses das cooperativas.
“Sem o apoio das cooperativas será impossível a continuidade dos trabalhos, é por isso que toda cooperativa, sindicalizada ou não, deve continuar recolhendo, uma vez por ano, a contribuição sindical patronal em favor de nosso Sindicato, a fim de garantir a manutenção e o fortalecimento do Sistema Sindical Cooperativista”.
O cálculo da contribuição sindical é feito com base no capital social de cada cooperativa. As cooperativas cujo Capital Social é igual ou inferior a R$ 12.199, 50 correspondem ao recolhimento da contribuição mínima de R$ 97,60. As de capital superior a R$ 130.128.000,01 recolhem a contribuição máxima de R$ 45.935,00, de acordo com o disposto no artigo. 580 da CLT.
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Classe de capital social |
(R$) Alíquotas % |
Parcela a adicionar (R$) |
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De 0,01 a 12.199,50 |
Contribuição mínima |
97,60 |
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De 12.199,50 a 24.399,00 |
0,80 |
- |
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De 24.399,00 a 243.990,00 |
0,20 |
146,39 |
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De 243.990,00 a 24.399.000,00 |
0,10 |
390,38 |
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De 24.399.000,00 a 130.128.000,00 |
0,02 |
19.909,58 |
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De 130.128.000,01 em diante |
Contribuição máxima |
45.935,18 |

Com o objetivo de melhorar as atividades econômicas e cultivos existentes na comunidade do Piranha, no município de Mojuí dos Campos, oeste do Pará, o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas no Pará (Sebrae) e parceiros, realizaram no último sábado (20) o primeiro Itinerante Rural de 2018. A iniciativa tem a parceria do Sindicato e Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB/PA) e Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). O presidente Ernandes Raiol esteve presente.
A ação visou levantar o perfil empresarial dos produtores rurais, para com base no resultado, elaborar um plano de ação para melhoria das atividades. Além disso, o conhecimento também foi um dos focos: informações sobre novos mercados foram discutidos, como a venda para a merenda escolar por meio do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE).
A comunidade visitada tem como carro-chefe o cultivo de pimenta do reino, e tem planos para o futuro com a exportação dessa produção. Contudo, o Sebrae defende que para chegar nesse patamar há necessidade de desenvolvimento gerencial, técnico e mercadológico, melhorando também a qualidade e produtividade da pimenta.
Fonte: Portal G1

Enquanto os municípios se ajustam à Política Nacional de Resíduos Sólidos, as cooperativas de catadores também precisam se adequar à legislação. Uma das obrigatoriedades previstas para o empreendimento ser considerado devidamente ativo é o registro na Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB). Nesta segunda (22), a Cooperativa de Reciclagem de Santarém (COOPRESAN) recebeu visita técnica, que é uma das etapas do processo. Estiveram presentes o Analista do Sistema OCB/PA, Diego Andrade, o Presidente Ernandes Raiol e o Gerente Regional do SEBRAE, Michell Martins.
A cooperativa já existia atuando com a coleta seletiva de material reciclável no aterro sanitário de Santarém. Porém, não estava formalmente organizada. Os cooperados, então, se regularizaram na Junta Comercial do Pará (JUCEPA), com arquivamento de ata e estatuto. Para buscar projetos e acessar financiamento bancário, também se efetuou registrou à OCB.
“A OCB Nacional alterou o método de filiação das cooperativas, inserindo essa visita técnica para verificação da autenticidade dos dados. É uma garantia para a sociedade e para o poder público de que realmente é uma cooperativa regular, com viabilidade econômica do grupo, que produz e exerce a atividade”, afirmou o Analista Diego Andrade.
Após a visita in loco, o técnico preenche a planilha com questionamentos acerca da governança e da gestão da cooperativa a ser encaminhada ao setor jurídico. As informações ficam na base de registro para deferência ou não. Quem autoriza o registro é a diretoria executiva, sendo depois validado também pelos membros do conselho de administração. A verificação posterior permite enquadrar o empreendimento em três status de registro: ativo, cancelado (que teve o registro interrompido) e inativo (não exerce atividade ou não cumpre o estatuto da OCB).
A COOPRESAN possui 87 cooperados, sendo 62 ativos. Eles trabalham com a catação de recicláveis como papel, pets e metais. Atualmente, comercializam o material bruto para somente uma empresa que cedeu o maquinário de prensar. “É uma cooperativa com boa produtividade. Porém, pela ausência dos equipamentos necessários, ainda não pensam na verticalização. Vamos trabalhar nessa perspectiva de evolução, estruturando a parte organizacional da cooperativa com a linha de cursos básicos e de governança”, explicou o presidente Ernandes Raiol.
