
A Cooperativa Agroindustrial da Transamazônica (COOPATRANS), de Medicilândia, já nasceu com uma proposta diferente. Desejava mais, ir além da produção e venda da amêndoa de cacau. Queria produzir chocolate. Em 2010, a cooperativa abriu a mini fábrica para esmagar as amêndoas. De 2010 a 2014, investiu em desenvolver chocolate de verdade. Em 2014, lançou a marca Cacauway para designar seus produtos de cacau amazônico. No Brasil, a Cacauway é a única marca de chocolate liderada por uma cooperativa. Em março, completou 10 anos de atuação com lojas da cooperativa em Belém, Santarém, Medicilândia e Altamira.
Segundo o presidente da COOPATRANS, Katsuhiko Kawai, mais conhecido como “Jorge”, a cooperativa nasceu para integrar produtores que precisavam e desejavam um trabalho diferente, com uma produção que respeitasse o bioma amazônico, com plantio em forma d consórcio com outras espécies nativas. “O cacau se dá bem sombreado com por outras árvores. Trabalhamos aqui com várias espécies nativas, como o mogno, a andiroba e castanheira. Isso ajuda na produção, enriquece a nossa produção e preserva as nascentes”, explica Jorge.
Livre de conservantes e aromatizantes artificiais, o processo de fabricação do chocolate possui um rigoroso controle de qualidade, com equipe técnica responsável e com protocolos específicos de higiene, o asseio dos funcionários e a padronização dos produtos. A fábrica é integralmente climatizada e segue normas técnicas internacionais.
No cardápio, produtos como trufas, (15g), de amendoim, brigadeiro, café, castanha do Pará, coco, conhaque, cupuaçu, geleia de cacau, goiaba, maracujá, nibs e pimenta. Tabletes (20G), de 30% cacau ao leite, 50% cacau ao leite, 50% cacau ao leite com amendoim, 50% cacau ao leite crocante, 50% cacau ao leite com Nibs, 50% cacau ao leite com tapioca, 50% cacau ao leite com café, 52% com manteiga de cupuaçu, 65% artesanal gourmet, 70% Cacau premium, 70% cacau com chia, 70% cacau com gergelim e 70% cacau com linhaça. Cacau em pó, com 250g, 600g e 2kg. Nibs de cacau, com 120g, 2kg e 20kg. Amêndoas de cacau crocante, com 120g e 2kg. Barras de chocolate (600g), com 50% cacau ao leite ou 70% cacau sem lactose e Geleia de Cacau, com 140g ou 180g, sabores: cacau, cacau com gengibre, cacau com cupuaçu, cacau com açúcar mascavo.
Por conta da pandemia, ainda não foi possível reunir os cooperados para celebrar os dez anos da COOPATRANS. “Estamos nos reunindo uma vez por semana. Ainda estamos reestruturando para superar esse ano atípico para todos. O que podemos dizer que esses dez anos foram de muito aprendizado, dedicação e amo, porque temos que amar muito o que fazemos. Não é fácil, mas é muito bom!”, enfatiza Jorge.
Abrindo um parêntese, Jorge é um das figuras ontológicas da COOPATRANS. Faz parte do grupo dos 62 fundadores da cooperativa. Chegou a Medicilândia com 10 anos de idade, na primeira barcaça de imigrantes japoneses, em 3 de agosto de 1953. Naturalizou-se brasileiro, mas não sabia que podia incluir seu nome brasileiro “Jorge” ao registro. Rapidamente, entendeu como era a vida na Amazônia, as dificuldades e as superações necessárias. Para ele, a cooperativa é uma forma de união, apoio e futuro.
“A história do Jorge é similar a de muitos que vieram para a Amazônia em busca de um recomeço. Somos gratos por esse exemplo de pessoa e profissional, por ajudar a fazer da COOPATRANS uma referência de cooperativa e de negócio cooperativista genuíno. O cooperativismo é uma união de pessoas, de seres humanos, em busca de um mesmo sonho, objetivo e qualidade de vida”, enfatiza Ernandes Raiol, presidente do Sistema OCB/PA.
Em 2017, a COOPATRANS ficou entre os 10 melhores chocolates no Salão do Chocolate de Paris, evento mais importante do mercado de chocolate no mundo. É o chocolate oficial da marca Gaudens, do chefe Fabio Sicilia, que foi destaque na 87ª da Feira Internacional Tartufo Bianco D´Alba, na Itália. Em 2019, também figurou entre os três melhores no Festival Internacional de Chocolate e Cacau em Belém.
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Aumentar produtividade leiteira em pequenas propriedades. Esse será o desafio dos alunos residentes selecionados para atuar na Cooperativa Agropecuária do Salgado Paraense (CASP). A singular é uma das unidades a serem atendidas pelos projetos submetidos pela UFRA, no Programa de Residência Agrícola do MAPA. A Universidade foi a segunda maior colocada em número de projetos aprovados no país.
O Programa do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) visa selecionar projetos voltados para a qualificação técnica. Serão estudantes e alunos recém-formados nos cursos de Ciências Agrárias e afins, de nível médio e superior, por meio de um treinamento orientado para a formação de profissionais capazes de atender demandas do dia a dia do trabalho no campo.
De acordo com o presidente da CASP, Antônio Alcoforado, já se iniciou um trabalho com a EMBRAPA pelo programa Balde Cheio e os alunos residentes, que atuarão na área bovina, fará o acompanhamento técnico das atividades. O objetivo é fazer com que as pequenas propriedades adotem boas práticas, novas técnicas de adubação, de manejo e se consiga ter uma maior produção nas mesmas áreas que hoje os cooperados trabalham.
“É uma conquista importantíssima. Tudo que for de tecnologia, inovação e acompanhamento técnico é um suporte indispensável para se achar o caminho do desenvolvimento. Hoje, para nós, o caminho é a produtividade. Só conseguimos uma excelência em produtividade com esse suporte”, explica Alcoforado.
Atualmente, a cooperativa possui 100 cooperados de Vigia, Santo Antônio do Tauá e Santa Izabel. O carro-chefe da cooperativa são derivados do leite, como queijos, iogurte e manteiga. Ainda pretende-se desenvolver bebidas lácteas e creme de leite. Também tem forte produção de hortifrútis, como banana, cheiro verde, cebolinha, jambu e chicória.
“Essas ações de Residência Profissional, a curto, médio e longo prazo serão muito benéficas para todos os envolvidos: mais produtores receberão assistência especializada, mais profissionais terão vivência de uma cooperativa e, consequentemente, mais conhecimento será produzido”, ressalta Ernandes Raiol, presidente da OCB/PA.
O coordenador do projeto foi o Professor Dr. da UFRA, Cristian Faturi, que também teve o projeto melhor colocado no Pará e na região norte, junto com outro projeto da UFRR. A proposta foi contemplada com recursos para atender duas turmas de 20 residentes por dois anos, começando a partir de março do próximo ano.
“A ideia é que a universidade, através dos alunos, consiga fomentar a produção junto aos cooperados, aumentar produção de leite, a renda do produtor, reduzir o êxodo rural e manter esse produtor na terra com mais dignidade. Com o aumento da produção, a cooperativa terá mais matéria-prima para trabalhar e conseguirá processar mais leite, assim como aumentar o leque de produtos”, reiterou Cristian.

PROJETOS APROVADOS
A Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), através da Pró-Reitoria de Extensão (Proex), foi uma das instituições de ensino do Pará a submeter propostas de projetos para seleção no âmbito do Programa. Na fase preliminar a UFRA liderou a submissão e habilitação em nível nacional. Na última fase, a universidade ficou atrás apenas do IFCE, sendo a segunda instituição com maior número de propostas aprovadas em todo o Brasil.
“A UFRA foi a instituição que mais aprovou proposta no estado do Pará e junto com a UFT, a que mais aprovou na Região Norte. O Estado do Pará perde apenas para o Ceará em volume de recurso recebido, no qual a UFRA tem a participação de aproximadamente 60% do valor, o que nos fez ser a Universidade com maior volume de recursos despendido em toda a Região Norte”, comentou o pró-reitor adjunto de extensão, Jonas Castro.
Em julho, a UFRA participou de Webinar promovido pelo Sistema OCB-SESCOOP/PA para tratar justamente sobre o programa, como as cooperativas poderiam se candidatar como unidades recebedoras e sobre os benefícios da execução do projeto.
“A indissociabilidade do ensino, pesquisa e extensão é fundamental na formação dos nossos profissionais. Nesse contexto, o programa de Residência Agrícola irá proporcionar essa indissociabilidade agregado ao impacto social da nossa universidade e ao fortalecimento das nossas parcerias com o Sistema OCB/PA e a FAEPA-SENAR. Um grande avanço sem dúvida”, afirmou o Reitor da UFRA, Marcel Botelho.
O projeto busca promover encontros sobre gestão pública e privada, de caráter institucional e empresarial, para gerar emprego e renda nos municípios.
O Governo do Estado, por meia da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia (Sedeme), retomou o Projeto “Parcerias Pelo Pará – Agenda do Desenvolvimento, Emprego e Renda”, no último dia (16), em Castanhal, onde ocorreu uma programação para atender as demandas das gestões pública e privada, em encontros de caráter institucional e empresarial.
O “Parcerias” é um conjunto de ações realizadas pela Sedeme, com o apoio de outras secretarias do Estado e entidades colaboradoras, que vai percorrer municípios das 12 regiões de integração do Pará. Foi lançado em outubro do ano passado e já passou por Marabá, Santarém e Parauapebas, antes da paralisação das atividades públicas devido à pandemia da Covid-19.
As atividades realizadas envolvem encontros sobre gestão pública e privada, de caráter institucional e empresarial, com o objetivo de, através da integração das ações dos órgãos de desenvolvimento do Estado com o poder público municipal, iniciativa privada e entidades de classe representativas do setor produtivo, gerar emprego e renda aos municípios.
Ao todo, oito órgãos estaduais (Jucepa, Seaster, Seplad, Codec, Sedeme, Banpará, CredCidadão e Sedap) e três instituições parcerias (Sebrae, Sistema OCB-SESCOOP/PA e Famep) levarão conteúdo dos mais diversos setores para os participantes do evento.
“Esse projeto é uma grande oportunidade para um diálogo entre a gestão pública e a iniciativa privada. É preciso que os empreendedores conheçam como funciona a estrutura legal, os caminhos, entendam os porquês de determinados processos e visualizem também oportunidades. Do outro lado, a gestão pública também precisa perceber as necessidades e as demandas dos empreendedores. No caso das cooperativas, do empreendedorismo coletivo, que possui muitas particularidades legais e de processos, é preciso estar muito alinhado e atento a essas minúcias”, comenta Ernandes Raiol, presidente do Sistema OCB-SESCOOP/PA.
A retomada se deu a partir do Decreto 800, de 31 de maio de 2020 (D.O.E: 27/08/2020 – Edição Extra), que institui o Projeto RETOMAPARÁ, que visa estabelecimento econômico gradativo e seguro no Estado, definido segundo a capacidade de resposta do Sistema de Saúde e os níveis de transmissão da Covid-19 e atendendo à aplicação de medidas de distanciamento controlado e protocolos específicos para a reabertura e funcionamento gradual de atividades econômicas e sociais.
Nesta quarta-feira (07/10), o projeteto estará em Tucuruí. Confira a programação.

Veja o calendário do Projeto “Parcerias pelo Pará” nos municípios.
- 07/10/2020 – Tucuruí
- 14/10/2020 – Paragominas
- 20/10/2020 – Breves
- 21/10/2020 – São Félix do Xingu
- 30/10/2020 – Redenção
- 10/11/2020 – Altamira
- 10/12/2020 – Barcarena
*Com informações Agência Pará
Com a proximidade das eleições 2020, muitos candidatos à câmara de vereadores municipais e às prefeituras estão buscando informações sobre o sistema cooperativista de trabalho. Para facilitar a inclusão de ações pró-cooperativistas, o Sistema OCB/PA disponibilizou a “Carta Aberta do Cooperativismo Paraense 2020”, em que apresenta as sete prioridades para que os interessados possam incluir em seus respectivos planos de governo.
Esta é a segunda vez que a instituição realiza um documento apresentando essas prioridades. “O nosso objetivo é fortalecer o cooperativismo. Quem estiver disposta a investir nesse sistema, olhar com carinho para as nossas demandas, estaremos de braços abertos para receber a todos, sem distinção ou bandeira partidária. No cooperativismo o que impera é a cooperação”, explica Ernandes Raiol, presidente do Sistema OCB/PA.
No Pará, cerca de 200 mil pessoas estão envolvidas direta e indiretamente em 7 segmentos econômicos: Trabalho, Produção de Bens e Serviços; Agropecuário; Transporte; Saúde; Infraestrutura e Crédito. Ao longo de quase cinco décadas de atuação, o cooperativismo paraense chegou a um patamar Fomento ao cooperativismo de considerável expressividade econômica, conseguindo caminhar com autonomia.
O número de profissionais autônomos empreendendo através do cooperativismo vem crescendo nos últimos anos. Atualmente, o número são mais de 139 mil cooperados. O ramo Crédito lidera com 19.948 cooperados, seguido do ramo Agropecuário com 6.215 e do Saúde com 4.394.
Conheça as 7 Prioridades do Cooperativismo Paraense para as eleições de 2020.
1 – Política Municipal do Cooperativismo
Criação de uma lei municipal que estabeleça diretrizes e regras voltadas para o incentivo à atividade cooperativista no município, tomando por base as disposições constitucionais, lei ordinária e lei estadual 7.780/13.
2 – Aplicação dos dispositivos constitucionais
As Constituições Federal e Paraense preveem uma série de dispositivos que beneficiam o segmento cooperativista.
3 – Estímulo ao mercado cooperativista
Por meio de Políticas Públicas, estimular a contratação e aquisição de produtos de cooperativas locais. Administrativamente, promover a efetivação do cumprimento da legislação do PNAE para a aquisição de produtos da agricultura familiar. Assim como promover o incentivo à organização do Transporte através de cooperativas.
4 – Diferimento de taxas e tributos municipais
Promover o diferimento de impostos, taxas e demais obrigações municipais às cooperativas em razão de seu caráter social, sem finalidade lucrativa.
5 – Política de microcrédito para cooperativas
Disponibilizar por meio de Políticas Públicas linhas de crédito específicas para as cooperativas.
6 – Criação de coordenação municipal do cooperativismo
Proporcionar a criação de coordenadoria/ diretoria voltada para atender as demandas do cooperativismo local, atrelada à secretaria responsável pelo desenvolvimento municipal.
7 - Fomento ao cooperativismo
Criar instrumentos e mecanismos que estimulem o crescimento e o fortalecimento da atividade cooperativista como alternativa de desenvolvimento social e econômico para o município.
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Irituia é rica em biodiversidade. Riqueza natural que pode trazer ainda mais desenvolvimento para o município, ao se garantir um valor agregado à produção. A cooperativa D’Irituia está justamente estruturando agroindústria para beneficiar o tucumã e outras oleaginosas, como ucuuba, mucajá, castanha-do-pará e piquiá. No último domingo (04), a SEDEME visitou a área em que se pretende instalar o projeto e apresentou as possibilidades de financiamento via crédito do produtor, do BanPará.
De acordo com levantamento feito pelo escritório regional da Emater junto com as cooperativas locais, a região apresenta forte potencial para produção de açaí, andiroba, buriti, bacuri, bacaba, cacau, castanha-do-pará, copaíba, coco, cupuaçu, inajá, maracujá, murumu, patuá, tucumã, ucuuba, mucajá e piquiá. O tucumã, por exemplo, tem uma produção anual de mais de 40 toneladas e uma produção de óleo de mais de mil litros; o piquiá com 249 toneladas e mais de 19 mil litros de óleo; andiroba, com 34,2 toneladas e 1.368 litros de óleo.
O planejamento de construção da agroindústria integra, além do beneficiamento de óleos, as casas de farinha e mel, assim como beneficiamento de polpas. Em 2012, a D’Irituia adquiriu a área para construção do complexo industrial, mas ainda busca fontes de financiamento do projeto.
A comitiva que visitou a área foi formada pelo coordenador da DDICS na Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia (SEDEME), Mauro Barbalho, pelo empresário da Ação Sustentável da Amazônia (ASA Açaí), João Hermeto, pelo Presidente do Sistema OCB/PA, Ernandes Raiol e pelo pesquisador da Embrapa Oriental, Oswaldo Kato. Também pretende-se utilizar o espaço como um ambiente educacional e de empreendedorismo para alunos, estudantes e professores.

“O ambiente acadêmico também terá a oportunidade de ver na prática que é possível fazer algo diferente. Não somente falar na teoria que a Amazônia é rica, mas mostrar, na prática que conseguimos transformar esse potencial de riqueza em alto valor agregado para a comunidade de Irituia e para a região”, explicou o professor doutor da UFRA e cooperado da D’Irituia, José Romano.
Conforme estimativas da diretoria da cooperativa, o projeto está avaliado em aproximadamente R$ 1milhão. A Sedeme, que faz validação de carta consulta e submissão do projeto ao conselho deliberativo do recurso, sinalizou positivamente para a parceria por meio da linha “Crédito do Produtor”. Operado pelo BanPará, possui prazo máximo de carência de até 4 anos, com financiamento de até 85% do valor total do investimento para financiamentos entre R$500 mil e R$1 milhão.
“Por meio do BanPará, podemos apoiar empreendimentos como esse. Vamos repassar todo o regramento à cooperativa e, com a orientação do Sistema OCB/PA, a diretoria irá apresentar o projeto para que, dentro de alguns meses, tenhamos o crédito disponível para atendê-los. Também há um movimento muito forte na ALEPA e no Governo do Estado para estímulo a incentivos fiscais, no objetivo de atender todas a cooperativas. Creio que é possível aplicar isso também na D’Irituia em curto prazo”, reiterou Mauro Barbalho.
De acordo com a diretoria da D’Irituia, já foi feito estudo de mercado e de produção. A singular também possui documentação legal, certificação, licenças para instalação e está articulada com instituições parceiras para o suporte técnico e organizacional, como o Sistema OCB/PA, UFRA, IFPA e UFPA. Um dos parceiros econômicos e comerciais é o grupo ASA, que mantém o Restaurante Aprazível no Rio de Janeiro.
“Irituia tem uma vocação gigante, principalmente no tucumã que é a maior fonte de carotenóide e vitamina A no planeta. É inevitável que esses superalimentos ganhem cada vez mais relevância econômica e atraiam olhares de grandes investidores. Isso já é uma realidade que tenho acompanhado. A ASA é programada justamente para isso, entender a vocação de uma localidade e investir nela”, explicou João Hermeto.

A COOPERATIVA
Com nove anos de fundação, a D’Irituia reuniu 20 produtores familiares que não eram atendidos por políticas de âmbito federal, municipal ou estadual para que juntos constituíssem uma organização comercial mais competitiva. Hoje já são 42 cooperados, sendo 23 mulheres. Os principais produtos, além das oleaginosas, há também as cadeias produtivas da mandioca, das hortaliças, dos produtos de origem animal e dos SAFs com ênfase nas frutíferas. As oleaginosas já são comercializadas com empresas como Natura e Amazon Oil.
“Nosso sonho é ter essa fábrica, evoluir economicamente e avançar na conscientização sobre o cuidado com o meio ambiente. É um sonho de muitas pessoas, muitas famílias que tentam trabalhar para que tenhamos dias melhores. Vamos continuar o contato com as instituições e dar prosseguimento ao processo de acesso ao crédito”, comentou o presidente da D’Irituia, Lázaro Lima.
Para o presidente do Sistema OCB/PA, Ernandes Raiol, o avanço representará um exemplo para as demais cooperativas. “Temos trabalhado neste sentido, de proporcionar um ambiente adequado para o desenvolvimento da agricultura familiar, que representa responsabilidade social e ambiental ao reunir pequenos produtores e disseminar práticas sustentáveis de produção”.
