A agricultura familiar está sendo bastante afetada pela pandemia de covid-19. Isso porque, com a suspensão das aulas, pequenos produtores perderam uma das principais vias de escoamento: o mercado institucional, para quem fornecia mercadorias para merendas de alunos e servidores. Diante disso, o Sistema OCB/PA está articulando com entidades para minimizar os impactos nas cooperativas do ramo.
Uma dessas parceiras é a Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra). Por meio do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) na modalidade compra institucional, cooperativas poderão oferecer a produção hortifrutigranjeira para a universidade. Singulares interessadas devem mandar os orçamentos pelos e-mails
Farinhas, verduras, legumes e granjeiros serão alguns dos produtos requisitados. O edital de chamada pública ainda será lançado pela universidade e vai seguir os princípios da alimentação adequada e saudável. As singulares do ramo da agricultura familiar deverão elaborar as propostas de venda, de acordo com os critérios de produção e disponibilizando documentação exigida pelo edital, para a apreciação do corpo técnico da Ufra que irá analisar os orçamentos.
A parceria ocorre ainda nos termos do acordo de cooperação técnica entre o Sistema OCB/PA e a Ufra.
Confira a lista de produtos demandados:
- Abobora
- Banana prata
- Batata doce lavada
- Batata inglesa lavada
- Brócolis sem capa, in natura
- Caruru
- Cebola
- Cebolinha
- Cenoura
- Cheiro Verde
- Chuchu
- Couve flor
- Couve manteiga
- Feijão verde
- Jambú
- Laranja
- Limão da casca fina
- Maçã nacional
- Macaxeira
- Mamão Hawaii
- Melancia madura
- Melão especial
- Ovo de galinha
- Pepino japonês
- Pimenta de cheiro do norte ou pimenta cumari do norte
- Pimentão verde
- Quiabo tamanho regular
- Repolho verde
- Salsa
- Tangerina
- Tomate
- Beterraba
- Vagem
- Maniva pré cozida 7 dias
- Farinha grossa de mandioca
Formada por internas do Centro de Reeducação Feminino (CRF), a Cooperativa Social de Trabalho Arte Empreendedora (Coostafe) confeccionou três tipos de máscaras de proteção para serem utilizadas no combate ao novo coronavírus. Ao longo de quase duas semanas, mais de mil máscaras já foram entregues à Secretária de Saúde.
Dentre as máscaras confeccionadas, também foi produzida a do tipo Face Shield, utilizada pelos profissionais de saúde. A ação é coordenada pela Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap). A entrega foi feita ao Centro Integrado de Inclusão e Reabilitação (CIIR), da Secretaria de Estado de Saúde Pública do Pará (Sespa).
Mais de duas mil máscaras já foram confeccionadas. Após a primeira entrega, as novas máscaras produzidas são destinadas à equipe de saúde da Seap, que vem prestando atendimentos aos servidores com suspeita ou confirmação da covid-19, aos agentes penitenciários e às próprias internas dos CRFs de Ananindeua e de Marituba.
Os materiais utilizados para a produção das máscaras Face Shield foram doados pelo CIIR. Já as outras confecções, para uso interno da secretaria, são feitas a partir de doações da Coostafe.
“Lá fora, eu sempre trabalhei na área da saúde, sou técnica de enfermagem, trabalhei em farmácia e como distribuidora de medicamentos. Como eu estou privada da minha liberdade, é uma imensa satisfação poder colaborar com essa situação que está acontecendo no mundo. É gratificante, ficamos muito felizes quando recebemos a notícia de que confeccionaríamos as máscaras para ajudar nesse combate”, conta Leilane, uma das custodiadas que trabalha na produção de máscaras.
Além de máscara Face Shield e do modelo de pano tradicional, as internas também confeccionam um terceiro modelo, que se assemelha com os dois tipos já citados. Neste modelo, a máscara possui uma parte de pano, como a convencional, para proteger a região da boca e do nariz, além de uma proteção de plástico que, costurada à parte de pano, fica fixa à frente dos olhos, para diminuir ainda mais a probabilidade de contaminação.
Cerca de 20 custodiadas trabalham na ação e estão munidas de máscaras de proteção. Essas e outras ações estão sendo adotadas e executadas em diferentes unidades prisionais do Estado. Todas com o mesmo objetivo: contribuir para o combate à covid-19.
Fonte: Agência Pará
A pandemia do Covid-19 impactou todos os setores da economia, mas, para alguns, a fonte de renda imediata foi retirada, comprometendo o mínimo para a subsistência. Por isso, a campanha Dia de Cooperar está arrecadando fundos para aquisição de cestas básicas e itens de higienização para cooperativas em maior vulnerabilidade em todo o Estado. As doações poderão ser feitas em pontos específicos ou por meio de transferência bancária.
O lançamento oficial ocorreu na última quarta (20), em live pelo instagram do Sistema OCB/PA. Devido às medidas de restrição, toda a campanha precisou ser remodelada para seguir o formato virtual As doações podem ser feitas diretamente com os itens das cestas básicas ou materiais de higienização nos pontos de coleta que serão divulgados posteriormente.
As doações também podem ser feitas em dinheiro por meio de transferência bancária, que será revestido na compra desses itens. Instituição financeira: Banco Cooperativo do Brasil - 756 Sicoob Cooesa; Agência 4169, Conta Corrente 7.263-0. A campanha seguirá até o dia 04 de julho, quando ocorre a celebração do Dia Internacional do Cooperativismo.
“O Dia C em 2020 terá um formato diferente, mas o princípio continua o mesmo. A cooperação, mais do que nunca, é a saída para superarmos este momento delicado. Por isso, a campanha irá auxiliar as cooperativas em necessidades básicas e urgentes provocadas pela pandemia”, explicou a coordenadora da campanha Dia C, Flávia Gil.
Em Belém, a sede do Sistema OCB/PA ficará disponível para receber as doações após a liberação do lock down. Ainda haverá espaços para recebimento dos itens em Paragominas, Santarém e Parauapebas.
Para identificar quais cooperativas estão em níveis mais delicados de continuidade, a equipe técnica fez um levantamento de cenário do cooperativismo paraense. Um dos segmentos mais comprometidos foi o da reciclagem, que, apesar de permanecerem com a coleta dos resíduos, tiveram uma queda significativa na sua atividade. A Concaves, por exemplo, que atua na coleta seletiva em Belém, recebia em seu galpão cerca de 90 toneladas de materiais reaproveitáveis. Em abril, só 58 toneladas. Também houve perdas de materiais coletados em muitas empresas devido a paralisação.
“Muitos pararam de trabalhar, algumas famílias ficaram sem sustento e há catadores vivendo só de doações. Sei que todos estão encontrando essas dificuldades, mas nós que trabalhamos na rua enfrentamos ainda mais. Com o isolamento total, as pessoas têm se afastado, com medo”, explicou a presidente da Concaves, Débora Baía.
Somente neste segmento, foram identificados mais de 200 cooperados atuantes em 10 cooperativas vinculadas ao Sistema OCB-PA nos municípios de Belém, Santarém, Paragominas, Vigia, Castanhal, Xinguara e Ananindeua. Também foram identificadas outras cooperativas em necessidades urgentes nos ramos da agricultura familiar e transporte. São centenas de famílias que dependem dos recursos dessas cooperativas para a sua sobrevivência.
“É um número significativo de pessoas e tentaremos beneficiar o máximo possível. Para isso, contamos com a cooperação do povo paraense em todos os municípios, principalmente das cooperativas que possuem condições de ajudar no momento. Não há dúvidas que a intercooperação é o que nos fará sair desta situação delicada. Todos juntos cooperando contra a Covid-19”, reiterou o presidente do Sistema OCB/PA, Ernandes Raiol.
Diversas cooperativas do ramo agropecuário já estão realizando ações que estão enquadradas no perfil da campanha. A Coomflona, por exemplo, doou cerca de 2 mil cestas agroecológicas a famílias em condição de vulnerabilidade social na região oeste do Pará. Já a CAMTA entregou 3 mil toneladas de alimentos para instituições sociais amparadas pelo Governo do Estado.
Outro exemplo foi a Cooperuraim, que distribuiu mais de 300 kits com produtos da agricultura familiar nas comunidades de Aragão e Ouro Preto, no município de Paragominas. Todas as cooperativas que já estão desenvolvendo essas iniciativas devem cadastrar seus projeto no site do Dia De Cooperar: http://diac.somoscooperativismo.coop.br/.
O DIA C
O movimento nacional teve um ponto de partida em 2009, quando o Sistema OCB em Minas Gerais realizou o projeto inovador, desenvolvendo ações de responsabilidade social. O sucesso se tornou um projeto nacional a partir de 2013 com a realização em vários Estados. Em 2019, já são cerca de 1,5 mil cooperativas participantes, beneficiando mais de 2 milhões de pessoas por edição com o trabalho de quase 122 mil voluntários.
Serviço: As doações podem ser feitas nos pontos de coleta que serão divulgados posteriormente ou pela conta corrente 7263-0 / Agência 4169 (Sicoob Cooesa – Banco Cooperativo do Brasil - 756). Para mais informações: 94 99183-9167.
Cerca de 2 mil cestas agroecológicas serão entregues a famílias em condição de vulnerabilidade social na região oeste do Pará. A ação é de iniciativa da Cooperativa Mista da Flona do Tapajós (Coomflona) e visa minimizar os impactos da pandemia de covid-19 a ribeirinhos, agroextrativistas, indígenas e assentados da reforma agrária do território da Floresta Nacional do Tapajós e entorno.
“A importância da ação é contribuir, neste momento em que todo mundo está passando por dificuldade de acessar alimentos e empregos e que há falta de renda e de acesso ao mercado. A cooperativa dá sua parcela de contribuição, trazendo as cestas e fazendo orientações de como se prevenir, orientando as pessoas a permanecerem em casa, para que não tenham perdas maiores por conta da pandemia e para que a própria doença não venha a se expandir na região”, enfatiza o coordenador do projeto e colaborador da Coomflona, Angelo Chaves.
A iniciativa utiliza a produção de 225 agricultores que fazem parte da Coomflona e, também, da CCampo, promovendo a intercooperação e garantindo a comercialização da produção familiar, outro setor bastante afetado pela crise. As cestas são compostas por arroz, feijão, farinha, açúcar, farinha de tapioca, tubérculos frutas da época, hortaliças, castanha da Amazônia e piracuí, além de kit de higiene e limpeza.
“Compramos mais de 20 toneladas de mercadorias da CCampo, movimentando com eles uma economia de cerca de R$ 60 mil para atender as cestas. Essa integração do cooperativismo é muito importante: a cooperativa ajudando outra cooperativa momento”, destaca o coordenador do projeto.
Diversas ações de distribuição de cestas estão programadas e acontecerão nos municípios Belterra, Santarém, Aveiro, Rurópolis e Mojuí dos Campos, com expectativa de atendimento a mil famílias em vulnerabilidade social. A ação beneficiará cada família com duas cestas entregues em etapas diferentes.
O projeto tem o apoio do Banco do Brasil e da cooperativa de crédito Cooperforte, que destinaram recursos à Fundação Banco do Brasil para ações de assistência social, prevenção e combate a pandemia de Covid-19.
A Cooperativa
A Coomflona, fundada em 2005, possui 198 cooperados comunitários e moradores da Flona, e desenvolve atividades relacionadas, principalmente, com o manejo florestal comunitário e sustentável, em uma área de 82 mil hectares concedida pelo governo federal através do ICMBio. Móveis, óleos de andiroba e copaíba, polpas de fruta e madeira em tora são algumas das mercadorias produzidas e comercializadas pela cooperativa.
“A Coomflona nasceu da luta dos comunitário da Floresta Nacional do Tapajós com o objetivo de fazer o manejo dos recursos naturais da unidade de conservação, sempre com o objetivo de valorizar a questão social e ambiental. Nesse momento, um desses pilares que estamos buscando é sustentar, fazer a ação social, valorizando as pessoas, valorizando o povo, dando mais tranquilidade e segurança, buscando sempre fortalecer a questão social do município e de seu território”, finaliza Angelo Chaves.
As ações conjuntas entre a Agência de Regulação e Controle de Serviços Públicos do Estado do Pará e a Polícia Militar para garantir o cumprimento das atividades do ramo transporte durante a pandemia foram destaque no Jornal Diário do Pará. As cooperativas e demais empresas que atuam no segmento intermunicipal, seguindo as recomendações sanitárias, têm continuado suas atividades.
A ação da Coomflona para beneficiar comunidades ribeirinhas e os impactos da pandemia nas cooperativas de catadores também foram notícias.
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