Entre as iniciativas acordadas, constam: agregar valor aos bioprodutos das cooperativas; gerar novos negócios de base tecnológica a partir da biodiversidade e solucionar gargalos tecnológicos que impactem na melhoria de competitividade das cooperativas.
A Organização Social BioTec-Amazônia assinou acordo de cooperação com o Sindicato e Organização das Cooperativas Brasileira do Estado do Pará (OCB/PA), no dia 23 de junho 2020. A articulação de alianças duradouras com associações, lideranças empresariais, acadêmicas e de governo, voltadas para o aumento da inovação em setores econômicos é parte do trabalho da BioTec-Amazônia junto à Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Educação Profissional e Tecnológica (Sectet), por meio de arranjos institucionais inovadores que estabeleçam uma nova cultura de relacionamento em prol do desenvolvimento sustentável.
O Diretor-Presidente da BioTec, Professor José Seixas Lourenço, reforça que as assinaturas de acordos de cooperação, são celebrações que instituem parcerias para a criação e consolidação de ambientes de inovação nas regiões de integração do Estado. “As celebrações têm por objetivo estabelecer parceria para a viabilização de cooperação técnico-científica, visando o desenvolvimento de atividades de interesse comum das instituições partícipes e a execução de projetos, estudos e pesquisas, com foco nas áreas de biodiversidade, biotecnologia e bionegócios. Assim, a BioTec-Amazônia busca introduzir tecnologia e inovação nas cadeias produtivas, por meio das cooperativas vinculadas à Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB)”, destacou.
Para Ernandes Raio, Presidente do Sistema OCB/PA, esse acordo de cooperação é uma maneira de articular estratégias com atores locais. “A OCB/PA fica muito feliz em poder participar e tem como perspectiva poder articular parcerias estratégicas entre os atores locais, envolvendo os produtores entre eles os cooperados de nossas cooperativas, os agentes públicos e a academia, para que sejam desenvolvidos e implantados projetos de pesquisas que valorizem toda a nossa potencialidade, bem como tragam resultados expressivos e reais às nossas cooperativas”, explicou.
A OCB/PA agora participa de reuniões com a BioTec-Amazônia, como a que ocorreu no último dia 24 de julho de 2020, onde foi aprofundada a capacidade da OCB de agregar alternativas para o trabalho da OS. “Como representantes do Cooperativismo, vamos caminhar juntos com as instituições de ensino superior e tecnológicas, sejam elas públicas ou privadas, assim como junto aos governos estadual e municipal, servindo de ferramenta para o desenvolvimento do cooperativismo paraense”, disse Raiol.
Entre as iniciativas acordadas pelas entidades assinantes estão: agregar valor aos bioprodutos das cooperativas; gerar novos negócios de base tecnológica a partir da biodiversidade e solucionar gargalos tecnológicos que impactem na melhoria de competitividade das cooperativas. “Hoje, por exemplo, buscamos por meio de nossas cooperativas do ramo agropecuário, desenvolver a verticalização da produção, gerando emprego e renda para as pessoas que estão ao entorno de nossas cooperativas e é imprescindível a preocupação com o meio ambiente, por meio da utilização de uma energia limpa e renovável, assim como o tratamento dos resíduos gerados devido a verticalização. Além disso, junto com a UFRA, desenvolvemos o COMPRASCOOP PA, um aplicativo de compras que permite o consumidor comprar produtos de qualidade, a um preço justo e diretamente do produtor”, finalizou Ernandes Raiol.
Eixos – A BioTec-Amazônia já realizou assinatura de Acordos de Cooperação Técnica com Instituições de Ciência, Tecnologia e Inovação e Secretarias de Estado. As entidades, assinantes do termo, estabeleceram, entre outros, o objetivo de contribuir com a governança inovadora, auxiliando a BioTec-Amazônia a articular com os diferentes segmentos (lideranças empresariais, acadêmicas e de governo).
Além disso, podem contribuir para a prospecção e atração de novos negócios para o Parque de Ciência e Tecnologia promovendo e incentivando, juntamente com a OS, a participação em eventos, fóruns e vitrines de invenções de potenciais investidores.
Quem somos – A BioTec-Amazônia tem por finalidade promover o uso sustentável da biodiversidade amazônica, em especial do estado do Pará, construindo projetos em parceria com ICT’s e o setor privado, agregando valor a biodiversidade por meio do estudo biotecnológico dos principais ativos voltados aos setores de biocosméticos, superfoods, nutracêuticos e de fármacos, o que permitirá atrair novos investimentos para o estado do Pará no setor de bioeconomia. A BioTec-Amazônia atua também no suporte tecnológico as cadeias produtivas locais nas regiões de integração do estado, promovendo ambientes de inovação junto as ICT’s locais, desenvolvendo projetos que aproveitem o potencial produtivo da região tais como a cadeia da piscicultura, pecuária, fruticultura, florestas e produtos não madeireiros com ênfase na manutenção floresta em pé e agricultura sustentável de baixo carbono.
Fonte: Ascom Biotech - Sílvia Leão

As ações em prol do cooperativismo paraense foram destaque na mídia desta semana: a grande conquista da primeira cooperativa de crédito, SICOOB Transamazônica, a repassar uma das linhas de crédito mais importes da região: o Fundo Constitucional de Financiamento do Norte (FNO); e a comitiva formada pelo Sistema OCB/PA e Frente Parlamentar em Defesa do Cooperativismo do Pará (FRENCOOP/PA) a cooperativas de Paragominas.

Dando continuidade ao programa de fortalecimento da representação política das cooperativas, o Sistema OCB/PA está promovendo uma série de visitas técnicas com parlamentares a singulares paraenses. A deputada estadual professora Nilse Pinheiro visitou, na última quarta (29), as sedes da COOPERNORTE e SICREDI Sudoeste MT/PA.
No planejamento previsto, ainda serão realizadas visitas técnicas em outros municípios para que os representantes do Pará no âmbito político conheçam de perto a realidade das cooperativas. O objetivo é criar um plano de trabalho com as demandas políticas prioritárias para a Frente Parlamentar em Defesa do Cooperativismo Parense (FRENCOOP/PA), presidida pela deputada estadual.
“A deputada pôde conhecer de perto as necessidades que estão impactando diretamente no crescimento das cooperativas. Já marcamos uma reunião de trabalho na próxima semana para estruturar todas as demandas, compreendê-las melhor e encontrar as melhores alternativas”, reiterou o presidente do Sistema OCB/PA, Ernandes Raiol.
Pela manhã, se iniciaram as visitas. A equipe da Cooperativa Agroindustrial Paragominense (COOPERNORTE) recebeu a comitiva na sua sede administrativa, onde foram apresentados os resultados da singular em números, os desafios estabelecidos em seu planejamento e as principais demandas no âmbito político.

Os 88 cooperados atuam com a produção de soja, milho, sorgo e milheto. A cooperativa teve um crescimento de 47,8% em seu faturamento durante os últimos quatro anos. Em 2015, a COOPERNORTE chegou a R$ 68,9 milhões. Em 2019, o faturamento chegou a R$ 328,7 milhões. A projeção é que o número ultrapasse os R$ 419 milhões ainda em 2020.
A estratégia de crescimento da cooperativa visa, após a ampliação da capacidade de armazenamento e do laboratório de classificação, fomentar a integração da lavoura pecuária com produtos e serviços, integração com avicultura e implantar fábrica de ração e óleo na etapa de verticalização. Na etapa de expansão, em até sete anos, se buscará o fomento à produção animal de peixes e suínos, assim como a criação de marca própria de produtos agroindustriais.
Na ocasião, foram entregues dois ofícios à deputada Nilse Pinheiro com demandas política a serem apresentadas ao Governo do Estado e à Assembleia Legislativa do Estado do Pará (ALEPA). Um deles se refere ao tratamento tributário aos produtores rurais e estabelecimentos agroindustriais, com a prorrogação permanente dos efeitos do capítulo 23 do Regulamento do ICMS.

“O artigo 174 concedia o diferimento do ICMS aos produtores rurais na saída interna de arroz, milho, feijão e soja quando destinados a estabelecimentos industriais, assim como a redução da base de cálculo dos seus produtos de forma que a carga tributária líquida fosse de 2%. Também isentava o produtor no pagamento do ICMS nas aquisições de máquinas, equipamentos e implementos destinados ao ativo imobilizado. A manutenção desses pontos é fundamental para fomento da atividade produtiva”, afirmou o presidente da COOPERNORTE, Bazílio Carloto.
Outra demanda levantada foi a alteração da redação do artigo 100 do decreto 308/19, que concede isenção na prestação de serviço de transporte intermunicipal de grãos, destinada ao contribuinte do imposto que tenha inicio e término em território paraense. Atualmente, o texto limita a abrangência da isenção às cooperativas, pelo fato de o tomador do serviço ter de ser estabelecimento “produtor” deste Estado. No entanto, uma das finalidades das cooperativas é receber a produção, comercializá-la e garantir benefícios aos produtores cooperados.

SICREDI
A deputada estadual também visitou a agência da cooperativa SICREDI Sudoeste MT/PA em Paragominas. A parlamentar conheceu o espaço físico, os serviços disponibilizados pela singular, os resultados em números e as demandas políticas.
As solicitações apresentadas foram: articulação política para operar com o consignado junto aos servidores públicos do Estado; início das operacionalizações com o Fundo Constitucional de Financiamento do Norte (FNO), para atender a comunidade, pessoas jurídicas e produtores rurais; Realizar o recebimento dos tributos estaduais por meio de convênio com a Secretaria de Estado da Fazenda (SEFA).
“Foi um prazer receber a deputada e apresentar as demandas pensando no desenvolvimento local da comunidade. Tenho certeza que, junto com a OCB/PA, a Frente Parlamentar irá nos apoiar para avançar nesses temas”, afirmou o gerente regional do SICREDI Sudoeste MT/PA, Cristiano Oliveira.

O Sicredi é uma instituição financeira cooperativa que oferta soluções e benefícios aos cooperados no acesso ao crédito. O Sistema tem presença nacional e, no Pará, a singular está presente em 26 municípios, possui 85 mil associados, 36 agências, 530 colaboradores, R$ 1,8 bilhões em ativos e R$ 80 milhões de resultado em 2019.
“Conhecemos experiências exitosas e sentimos também as suas dores. Vamos levá-las para discussão na ALEPA, Secretarias e com o Governador do Estado. A FRENCOOP tem essa missão de atender de forma personalizada, entender, apoiar e defender as cooperativas. Sabemos que o cooperativismo pode alavancar o desenvolvimento do Pará”, completou Nilse.
Por meio de um projeto do Ministério Público do Trabalho, a cooperativa conseguiu a instalação de 24 placas fotovoltaicas

Quando o trabalho é bom o reconhecimento vem. Esse é o lema da Cooperativa de Trabalho dos Profissionais do Aurá (COOTPA) que, aos poucos, está mudando a vida de 19 cooperados em quase 20 anos de atuação. Com o início na coleta de materiais recicláveis ainda no antigo lixão do Aurá, em Ananindeua, que chegou a ser o 2º maior do Brasil em número de catadores, a COOTPA buscou a organização e a profissionalização para melhorar a qualidade de vida, aumentar a renda e a autoestima de ser um profissional da reciclagem. Não à toa, isso chamou a atenção de vários grupos empresariais e de agentes públicos, como é caso do Ministério Público do Trabalho que, por meio de um projeto social, conseguiu recursos para a instalação de 24 placas fotovoltaicas de geração distribuída para cooperativa, o que a transformou na primeira cooperativa de reciclagem a utilizar energia renovável no Pará.
Em 2016, a renda média por quinzena de um cooperado era de R$ 60,00. Depois de toda a reestruturação chegou a ser de R$900,00. Com a pandemia, ainda está oscilando na marca dos R$400,00. A conta de energia era uma das vilãs devido ao maquinário utilizado diariamente e mesmo antes dessa política de bandeiras verdes, amarelas e azuis, que só se sabe quanto se consome, mas nunca quanto de fato vai se pagar de fato, a cooperativa chegou a pagar mais de R$800, 00 pela energia elétrica.
O Ministério Público do Trabalho incluiu a cooperativa em um projeto para a instalação de placas fotovoltaicas, com o sistema de geração distribuída, que gera energia e devolve para a rede. Hoje, basicamente, a cooperativa arca com os tributos e a iluminação pública, e paga um valor médio de R$ 120,00.
Além do aspecto econômico, a energia solar fotovoltaica é proveniente de uma fonte abundante, gratuita, silenciosa, sustentável e limpa, que traz benefícios ambientais e sociais alinhados aos valores das cooperativas de reciclagem, por ser não poluentes e a fonte de energia mais barata do mundo.
“Estamos mostrando mais uma vez para a sociedade que, além de dar a destinação mais adequada aos resíduos que podem ser reciclados, estamos também preocupados com a forma tradicional de geração de energia, que provoca muitos impactos ao meio ambiente. Também temos uma economia com a energia elétrica, que nos permitirá investir em outras áreas na cooperativa. Estamos certos que esse modelo de energia é o ideal para nós”, conta Noêmia do Nascimento, presidente da COOTPA.
“Isso mostra o quanto às cooperativas de reciclagem estão empenhadas em realmente vivenciar a sustentabilidade em essência. Reciclagem e produção de energia renovável caminham juntas para um estilo de produção voltado para a sustentabilidade ambiental e econômica”, ressalta Ernandes Raiol, presidente do Sistema OCB/PA.
Sustentabilidade
Dados de 2019 da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) indicam que as instalações de placas fotovoltaicas representam 99,8% da geração distribuída no Brasil, num total de 171 mil sistemas conectados à rede e mais de R$ 10 milhões de investimentos acumulados desde 2012.
No ranking nacional de produção energética da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e a Absolar indica que o Pará está 18º lugar em produção de energia por meio de painéis fotovoltaicos com 1,2% de participação.
É a primeira vez que o Ministério realiza essa modalidade para aproximar academia de produção rural na prática

Um dos principais gargalos do desenvolvimento agrário é a falta de assistência técnica. No Pará, esse problema fica ainda mais evidente por conta da logística amazônica que, além de longa e demorada, muitas vezes é feita por mais de um tipo de meio de transporte. Pensando nessas diferentes realidades e na necessidade tanto de produtores quanto das universidades, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) abriu o primeiro edital do Programa de Residência Profissional Agrícola que visa selecionar projetos voltados para a qualificação técnica de estudantes e recém-formados de cursos da área de Ciências Agrárias e afins, de nível médio e superior, por meio de um treinamento prático, supervisionado e orientado para a formação de profissionais capaz de dar respostas às demandas do dia a dia do trabalho no campo.
Para o Sindicato e Organização das Cooperativas Brasileiras do Estado do Pará (OCB/PA), esse programa representa uma excelente oportunidade para a academia também conhecer a realidade das cooperativas agro do Estado. “Há algum tempo já estamos incentivando ações conjuntas com algumas instituições de ensino superior para que haja essa aproximação, produção de conhecimento e troca de experiências entre as cooperativas agro e essas instituições, a prova disso será a realização do 1° Encontro de Pesquisadores do Cooperativismo Paraense (EPPC), em setembro. Essas ações de Residência Profissional, a curto, médio e longo prazo serão muito benéficas para todos os envolvidos: mais produtores receberam assistência especializada, mais profissionais terão vivência de uma cooperativa e, consequentemente, mais conhecimento será produzido”, ressalta Ernandes Raiol, presidente da OCB/PA.
As instituições de ensino deverão enviar propostas para o Mapa até o próximo dia 17. Para estudantes de ensino técnico, a bolsa mensal é de R$900,00 e, para os de graduação ou recém-egressos, de R$1.200,00. As bolsas terão prazo de até 12 meses. A carga horária do trabalho dos residentes é de 40 horas semanais. Os professores orientadores também receberá uma bolsa de R$200,00 por aluno, para orientar de 5 a 10 alunos.
As cooperativas podem se candidatar como unidades recebedoras desses residentes. Vale ressaltar que, cada unidade recebedora, deverá arcar com o translado, alimentação e hospedagem de cada residente, quando houver necessidade. Para orientar sobre a participação e os critérios de seleção, o Ministério disponibilizou uma Manual de Operações do Programa de Residência Agrícola.
Hoje, às 16h30, a OCB/PA realizará um WebiCOOP PA especial para tratar exclusivamente sobre esse programa, com o Pró-reitor adjunto de Extensão da Universidade Federal Rural da Amazônia, Jonas Castro.
Serviço: Clique aqui para acessar o edital completo do Programa de Residência.