Os cooperados com conta no Sistema de Cooperativas de Crédito do Brasil (Sicoob) ou no Sistema de Crédito Cooperativo (Sicredi) podem ter acesso ao auxílio emergencial pelas instituições financeiras. O benefício do governo federal dá assistência a trabalhadores informais e de baixa renda familiar, impactados pela pandemia do novo coronavírus.
Ao solicitar o auxílio, o beneficiário que já tiver conta em uma instituição financeira cooperativa deverá escolher a opção “receber em uma conta existente” e informar o banco destino. O auxílio liberado de R$ 600 será recebido por três meses, para até duas pessoas da mesma família. Para mulheres chefes de família, o valor será de R$ 1.200.
Segundo José Humberto, Superintendente da Sicredi Norte Cooperativa de Crédito, “o associado Sicredi pode indicar junto à Caixa, a cooperativa para receber o benefício. O valor será automaticamente destinado à conta poupança vinculada ao seu CPF. Quem não é associado, pode abrir facilmente uma conta poupança digital pelo aplicativo Sicredi X e a indicar para receber o benefício”.
Requisitos
De acordo com as regras do governo federal, podem sacar o benefício pessoas maiores de 18 anos, que não tenham emprego formal e com renda familiar mensal por pessoa de até meio salário mínimo (R$ 522,50) ou renda familiar total de até três salários mínimos (R$ 3.135,00).
O benefício é voltado a pessoas desempregadas, ou que exercem as seguintes atividades: microempreendedor individual (MEI), contribuinte individual ou facultativo do Regime Geral de Previdência Social (RGPS) e trabalhador informal inscrito no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico).
Outro requisito para ter acesso ao auxílio é não receber benefício previdenciário ou assistencial, seguro-desemprego ou de outro programa de transferência de renda federal que não seja o Bolsa Família. O beneficiário também não pode ter recebido rendimentos tributáveis, no ano de 2018, acima de R$ 28.559,70.

Para divulgar seus produtos e serviços em todo o país, as cooperativas paraenses podem participar da rede de intercooperação nacional da OCB, tendo acesso ao local de negócios do cooperativismo brasileiro. O CooperaBrasil é um espaço online para dar visibilidade e apoiar a comercialização dos produtos e serviços das nossas cooperativas.
Para participar, basta preencher um formulário - simples e objetivo - para que seus produtos/serviços sejam catalogados no site. "Este é um projeto que já vínhamos tocando há um tempo, com um pouco mais de detalhe, mas que, agora, vamos colocar no ar, ainda que num formato mais simples, por entendermos a importância deste apoio às nossas cooperativas, que atuam em todos os estados brasileiros", pontuou a gerente geral da OCB, Tânia Zanella.
Em apresentação às unidades estaduais na última semana, o superintendente do Sistema OCB, Renato Nobile, reforçou a importância do trabalho para apoio às cooperativas neste momento delicado. "O Sistema OCB vem se dedicando fortemente aos temas inovação e intercooperação. Criamos, em 2019, um Núcleo especial para desenvolver ações nessas áreas. A crise está acelerando os nossos objetivos de contribuirmos para o crescimento das cooperativas brasileiras." E acrescentou: "O cooperativismo tem um papel muito importante neste momento. Está em nosso DNA atuar de forma responsável, olhando para as nossas comunidades. E temos orgulho de pertencer a um movimento que, com toda certeza, faz a diferença".
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A população em geral e instituições públicas podem conferir e ajudar os empreendimentos coletivos do seu município
As cooperativas carregam a marca da regionalidade dos negócios locais. Fortalecê-las é contribuir para a sustentabilidade de toda a economia estadual. Por isso, a campanha #CompredeCooperativa, do Sistema OCB/PA, busca estimular o interesse da comunidade, gestores municipais, instituições públicas e privadas para a importância de continuar adquirindo a produção e os serviços oferecidos pelas singulares paraenses.
De acordo com levantamento feito pelo Sistema OCB/PA sobre os impactos da COVID-19 nas cooperativas do Estado, 37% delas tiveram perdas em seus negócios, 31% já tiveram suspensão de entrega de produtos e serviços e 7% já precisaram demitir colaboradores.
A principal dificuldade enfrentada pelas cooperativas (57%) continua sendo a baixa circulação de usuários e consumidores. Também foram levantadas as limitações de não recebimento da venda da produção; Baixa comercialização; Queda na venda e na produção dos agricultores; A impossibilidade de aglomeração dos cooperados para realizar as atividades.
“Na Agricultura Familiar o que é produzido, normalmente, tem que ser comercializado de imediato, principalmente frutas e verduras. Cada produção não comercializada nos impede de novo plantio, o que compromete a continuidade dos nossos negócios”, enfatizou o presidente da Cooperativa Agropecuária do Salgado Paraense (CASP), Antônio Alcoforado.
Para aderir à campanha, basta acessar o site paracooperativo.coop.br/sistema-ocb-pa/cooperativas, identificar todas as cooperativas atuantes no seu município, os ramos de atividade em que atuam e os produtos e serviços que disponibilizam. Demais dúvidas e orientações podem ser feitas diretamente com a equipe técnica do Sistema OCB/PA, pelo contato: (91) 99305-0160.
PARAGOMINAS
A Prefeitura de Paragominas foi a primeira a aderir à campanha. Os mais de 22 mil alunos da rede municipal de ensino estão recebendo kits contendo produtos da agricultura familiar. No total, serão distribuídos mais de 8 toneladas de alimentos pela Prefeitura. Só a Cooperativa dos Pequenos Produtores Rurais do Uraim e Condomínio Rural de Paragominas (Cooperuraim) preparou mais de 19 mil kits.
O objetivo é que a preparação dos alimentos seja feita em casa, evitando-se aglomerações nas escolas. Por isso, a distribuição tem sido feita de porta em porta. A iniciativa também visa garantir a renda dos agricultores familiares do município, mantendo o contrato que possuem com a Prefeitura.
“A entrega produtos já está sendo feita. Alguns já tinham sido até entregues às escolas e, como temos o compromisso com pequenos produtores, não poderíamos perder os alimentos. As famílias terão a oportunidade de receber em suas casas o alimento nutritivo que os filhos teriam dentro das nossas escolas”, reiterou o Prefeito de Paragominas, Paulo Tocantins.
A ação também segue a Lei 13.987/2020 que garante a distribuição de alimentos para os alunos beneficiados pelo Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) em situações de emergência e calamidade pública. A proposta busca suprir a necessidade de estudantes que se encontram afastados das escolas em razão da suspensão das aulas devido pandemia do novo Coronavírus (Covid-19).
“Agradecemos a parceria da prefeitura local, nossa apoiadora, que entendeu a importância de manter a compra dos produtos, um bom exemplo para todas as gestões municipais no Estado que também precisam olhar com cuidado para os produtores rurais”, enfatizou o presidente da Cooperuraim, Fabiano Andrade.
AS COOPERATIVAS
No Pará, são mais de 220 cooperativas registradas, ultrapassando os 93 mil cooperados e cerca de 4 mil empregos diretos. As singulares atuam em praticamente todos os segmentos econômicos, tais como agropecuário, crédito, educação, transporte, saúde, mineração, trabalho, produção de bens e serviços, reciclagem, turismo, energia e artesanato.
“Quero incentivar especialmente os prefeitos dos municípios, que verifiquem as cooperativas atuantes na sua cidade. São pequenos produtores, artesãos, costureiras, motoristas e tantos outros empreendedores que tiveram sua comercialização prejudicada e que dependem do nosso apoio. Vamos todos contribuir para a economia do nosso Estado continuar girando!”, reiterou o presidente do Sistema OCB/PA, Ernandes Raiol.
O cooperativismo brasileiro é, sem dúvidas, um expert em sobreviver a tempos de crise. E não será diferente desta vez. O novo cenário imposto pela pandemia tem trazido à tona projetos para manter o funcionamento e o desempenho de nossas cooperativas.
É o caso da plataforma de ensino a distância Capacitacoop, lançada na última segunda-feira (20) pelo Sistema OCB. Construída com base nas experiências já existentes de algumas unidades estaduais, a ferramenta que reúne cursos e vídeos para aprendizagem em temas diversos já está disponível para acesso de todos.
Durante o lançamento realizado por web conferência com representantes de todas as unidades estaduais do Sistema OCB, o presidente Márcio Lopes de Freitas reforçou a importância da ferramenta neste período. "Vivemos um momento de incertezas, e isso pode significar bons desafios. O momento nos fez acelerar alguns processos importantes, como o do EAD. Estávamos prevendo o nosso para o segundo semestre, mas com a crise advinda da pandemia, tomamos a decisão de acelerar esse processo e disponibilizar o serviço o mais rapido possivel", comentou o dirigente.
A gerente-geral do Sescoop, o braço de formação e capacitação do cooperativismo, ressaltou a responsabilidade que vem junto com o lançamento: "Temos o compromisso de manter a plataforma ativa, com conteúdo atrativo, cumprindo com o nosso propósito de gerar valor para as nossas cooperativas.
Explicando o passo a passo da ferramenta para os técnicos que assistiram ao lançamento, a gerente de Desenvolvimento Social das Cooperativas, Geâne Ferreira, destacou que o "Capacitacoop" já está pronto para ser acessado e com seis cursos disponíveis: Assembleia Geral na Prática; Entendendo a Sociedade Cooperativa; Governança Cooperativa (Princípios e Boas Práticas); Gestão de Recursos Humanos para Cooperativas; Contabilidade de Cooperativas e Modelo de Excelência em Gestão.
Geâne explicou, ainda, que a plataforma está aberta a qualquer pessoa que tenha interesse nos conhecimentos e que, futuramente, outros temas serão inseridos, alcançando, também os interesses da sociedade.
O endereço da plataforma é o capacita.coop.br. No primeiro acesso, o usuário preenche um formulário de cadastro que servirá para catalogas as informações da plataforma como quantidade de acessos, localidade com maior procura, temas mais acessados, dentre outros.
As unidades estaduais do Sistema OCB têm até a próxima sexta-feira, dia 24, para indicar a pessoa responsável pela gestão da plataforma em seus estados. O investimento feito pelo Sistema OCB será repassado inteiramente sem custos para as unidades e cooperativas brasileiras, que terão livre acesso à ferramenta podendo, inclusive, inserir cursos de seu interesse.
Fonte: Portal Somos Cooperativismo

O governo federal vai destinar R$ 500 milhões para a compra de produtos da agricultura familiar, por meio do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). A suplementação orçamentária foi articulada entre os ministérios da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, o Ministério da Economia e o Ministério da Cidadania, que executa o PAA.
A Medida Provisória 957/2020, assinada pelo presidente Jair Bolsonaro e pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, foi publicada no Diário Oficial desta segunda-feira (27) e abre crédito extraordinário em favor do Ministério da Cidadania para ações de segurança alimentar e nutricional, no âmbito do enfrentamento ao novo Coronavírus.
COOPERATIVAS
Por meio do PAA, agricultores, cooperativas e associações vendem seus produtos para órgãos públicos e os alimentos são destinados a pessoas em situação de insegurança alimentar e nutricional, à rede socioassistencial, aos equipamentos públicos de segurança alimentar e nutricional e à rede pública e filantrópica de ensino.
Para a ministra Tereza Cristina, a medida é importante para auxiliar as cooperativas de agricultura familiar e os pequenos produtores de leite. “Esses recursos chegarão lá na ponta, esperamos que de maneira muito rápida, para atender esses que passam por problemas muito grandes de sobrevivência”, avalia a ministra.
ATUAÇÃO DA OCB
Desde o início da pandemia, a OCB já começou a articular com o MAPA e o Ministério da Cidadania para a garantia dos programas de compras públicas, entre eles, o PAA. A OCB solicitou que houvesse a liberação de recursos emergenciais para esse tipo de compras e, ainda, que as modalidades que incluem as cooperativas formadas por pequenos agricultores estivessem entre os contemplados na medida provisória.
BENEFICIADOS
De acordo com a Secretaria de Agricultura Familiar e Cooperativismo (SAF), com os recursos, cerca de 85 mil famílias de agricultores familiares deverão ser beneficiadas, além de 12,5 mil entidades e 11 mil famílias em vulnerabilidade social, que receberão os alimentos.
“Esses recursos vão potencializar ainda mais o PAA. É um programa importante, porque ele atende a dois públicos: a agricultura familiar e a rede socioassistencial dos municípios, as pessoas que são as mais vulneráveis nas cidades”, destaca o secretário de Agricultura Familiar e Cooperativismo, Fernando Schwanke.
RECURSOS
Segundo a SAF, do total de recursos, R$ 220 milhões serão destinados para a Conab, que fará a compra de alimentos das cooperativas de agricultores familiares, por meio da modalidade do PAA Compra com Doação Simultânea. Depois disso, o Ministério da Cidadania indica a rede socioassistencial para onde os alimentos serão doados. Na mesma modalidade, estados e municípios terão R$ 150 milhões para termos de adesão para a compra de alimentos de agricultores familiares.
E R$ 130 milhões serão alocados para a modalidade PAA Leite, que possibilita a compra de leite in natura de laticínios e agricultores familiares do semiárido brasileiro. Após processamento, o leite é distribuído às entidades.
(Fonte: Ministério da Agricultura)