
De acordo com dados da Organização das Cooperativas Brasileiras no Estado do Pará (OCB/PA), o número de profissionais autônomos empreendendo através do cooperativismo cresceu 25% até o início de dezembro de 2018, comparando-se ao mesmo período do ano passado. Em 2017, o número de cooperados atuando no Estado era de aproximadamente 66mil. Neste ano, o número chega a 83mil cooperados. O ramo Crédito lidera com 19.948 cooperados, seguido do ramo Agropecuário com 6.215 e do Saúde com 4.394.
O Sistema OCB/PA reitera que o parâmetro de avaliação de mercado no segmento cooperativista difere dos demais, pois o fator preponderante para a dinâmica de negócios não é a geração de empregos, mas sim a de oportunidades de trabalho. “Olhando para o lado social, conforme determina a legislação, cooperativa é uma sociedade de pessoas e não de capital. Sua função é oportunizar geração de trabalho e renda. O próprio cooperado é um trabalhador autônomo, um empreendedor que gerou, por si mesmo e pelas vantagens da organização coletiva, as condições necessárias para o próprio desenvolvimento econômico”, explicou o presidente do Sistema OCB/PA, Ernandes Raiol.
Em relação ao número de empregos, houve um decréscimo de 457 postos. Em 2017, o segmento mantinha 4.936 empregados, chegando a 4.479 em 2018. A queda, de acordo com o Sistema OCB/PA, pode ser explicada pela entrada na irregularidade de cooperativas com a Organização e a não contabilização dos números destas. O ramo Saúde corresponde a 84,33% do total de empregos gerados com 3.777 contratações, seguido do ramo Agropecuário com 292 e do Crédito com 233.
“Consideramos que a média da geração de empregos no cooperativismo permaneceu estável durante o ano, posto que ao ficarem irregulares, não pontuamos os números dessas cooperativas, podendo ter naturalmente decréscimo ou acréscimo no final de cada período. Portanto, essa variação não influencia na análise”, ressaltou o superintendente do Sistema OCB/PA, Júnior Serra.
A projeção do Sistema OCB/PA, já que o número de profissionais incluídos na dinâmica de produção e comercialização cresceu, a tendência é que a geração de empregos em 2019 seja maior no mercado cooperativista. As apostas são na verticalização da cadeia produtiva no agronegócio, disseminação de boas praticas de gestão e governança nas cooperativas.
No total, o Estado possui 215 cooperativas, as quais 34% pertencem ao ramo transporte. Em relação à contribuição cooperativista, a região metropolitana de Belém continua sendo a que mais arrecada para o Sistema, seguida do Sudeste Paraense, Baixo Amazonas, Nordeste e Sudoeste respectivamente.
“Acreditamos que essas medidas de potencialização dos ramos irá se refletir também na contratação em regime de CLT futuramente. O crescimento do quadro social com novos cooperados direciona para uma maior demanda de mão de obra. A tendência é ou a inclusão de mais profissionais autônomos como sócios ou a efetiva contratação. De qualquer forma, os resultados obtidos em 2018 comprovam a importância das cooperativas para a economia regional”, reiterou Ernandes Raiol.

Parlamentares do Congresso Nacional e presidentes estaduais do Sistema OCB/PA participaram de cerimônia que marcou o encerramento das atividades da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop) . A intenção foi avaliar o trabalho feito ao longo dos últimos quatro anos e celebrar as conquistas importantes para as cooperativas no país. O presidente do Sistema OCB/PA, Ernandes Raiol e o assessor político/institucional, Haelton Costa, representaram o Pará.
Dentre as conquistas destacadas pelo presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, estão, por exemplo, a sanção do PLP 100/2011, possibilitando que as cooperativas de crédito passem a operar com recursos de municípios e outros entes públicos, além de atualizar as regras dos fundos constitucionais; a revisão das regras do Plano Agrícola e Pecuário em prol das cooperativas agropecuárias; e a defesa da manutenção das políticas de compras públicas, como o Programa de Aquisição de Alimentos.
Para a liderança cooperativista, também é essencial reconhecer o trabalho dos parlamentares da Frencoop que resultou na manutenção das políticas de incentivo às cooperativas de eletrificação rural e, ainda, nos avanços na tramitação de diversos projetos, como os novos marcos Regulatórios do Transporte de Cargas e dos Seguros Privados, dentre muitas outras proposições de interesse do setor.
“Nós sabemos que o trabalho dos parlamentares não é fácil. Sabemos também que o comprometimento deles com a causa cooperativista fez toda a diferença ao longo desses quatro anos. É por isso que fazemos questão de agradecer a todos que contribuíram com o fortalecimento das nossas cooperativas. E, falando de futuro, nós continuaremos contando com o apoio de vocês e, também, dos novos integrantes da Frencoop para fortalecermos, ainda mais, o movimento cooperativista brasileiro”, avalia Márcio Freitas.
APOIO
A deputada federal Tereza Cristina Corrêa da Costa Dias, futura ministra da Agricultura, também esteve presente ao evento. Ela destacou que a atuação da Organização das Cooperativas Brasileiras sempre embasou tecnicamente a defesa dos interesses do cooperativismo. Segundo ela, esse mesmo apoio é o que espera receber quando estiver à frente do Ministério, já que o presidente eleito, Jair Bolsonaro, requisitou uma atuação mais direta no sentido de desenvolver o agronegócio das regiões Norte e Nordeste. Para a futura ministra, não há uma forma mais eficaz de organizar os produtores e de fortalecer toda a cadeia produtiva do que o cooperativismo.
“A sinalização da futura ministra nos enche de expectativa para dias melhores do ramo agropecuário no Pará, que é um dos pilares da nossa economia. Somos a fronteira aberta para o desenvolvimento do setor e precisamos de políticas públicas que proporcionem as condições necessárias para o pequeno produtor se desenvolver. Neste sentido, a Frencoop tem sido um agente fundamental ao longo de três décadas de atuação legislativa, sendo uma das bancadas suprapartidárias mais atuantes e influentes do Congresso Nacional”, afirmou o presidente Ernandes Raiol.

Era apenas o desenho de uma borboleta pintada à aquarela, mas, para os alunos do Programa Aprendiz Cooperativo, representou bastante. Foi o símbolo do afeto refletido a cada criança das comunidades Portelinha I e II, do Saré, beneficiadas pelo projeto “Fazer o Bem Sem Olhar a Quem”. Os aprendizes distribuíram cestas básicas para as famílias do local e organizaram uma programação especial com brincadeiras para as crianças e palestras para os pais.
No total, 100 famílias foram beneficiadas com cestas completas de itens de necessidade básica. O Projeto que já atua há anos na região fez o levantamento e cadastro antecipado. Uma equipe dos aprendizes ficou com as crianças em espaço à parte promovendo brincadeiras, entrega de lanches, bombons e distribuição de alguns brinquedos. Para os pais, foram relatados depoimentos em forma de conversa sobre a experiência de alguns aprendizes na superação de dificuldades como a depressão e empreendedorismo.
“O trabalho dos alunos foi excelente. Participaram de todas as etapas do processo, protagonizando desde a arrecadação dos alimentos não perecíveis até a execução das atividades na ocasião. A iniciativa resume bem todos os ensinamentos ministrados pelo Programa em cada módulo, principalmente sobre o sétimo princípio cooperativista que é o interesse pela comunidade. Provaram que, de fato, entendem e vivem o cooperativismo”, reiterou a coordenadora do Programa Aprendiz Cooperativo, Rafaela Menezes.
O projeto “Fazer o Bem Sem Olhar a Quem”, apoiado pelos aprendizes, promove regularmente eventos sociais e culturais à população carente, como aulas de dança de balé para crianças. Nos finais de ano, é realizado um evento maior com a entrega de cestas de básica. As comunidades beneficiadas em 2018 foram a Portelinha I e II do Saré, localizadas no Distrito Industrial de Ananindeua. A programação ocorreu na última terça (11), na sede de uma associação no Conjunto Geraldo Palmeira.
“Os nossos jovens precisam ter a convicção de que conseguem transformar, sim, com pequenos gestos, com pequenas ações, com pequenas doações, a realidade de muitas famílias que estão à margem da sociedade. Isso sim é cooperativismo. Todos se envolvem, todos cooperam e todos crescem”, reiterou o presidente do Sistema OCB/PA, Ernandes Raiol.

As etapas de formação teórica, intercâmbios e vivências no cooperativismo já foram concluídas pela turma 2017-2019 do MBA em Gestão de Cooperativas. O último módulo do curso promovido pelo Sistema OCB/PA foi finalizado na última semana e a apresentação do artigo final ocorre em abril de 2019. Participam dirigentes, conselheiros e funcionários que são ligados à gestão estratégica e administrativa das singulares paraenses.
No total, estão se qualificando 33 alunos entre representantes do SESCOOP/PA e das Cooperativas UNIODONTO Belém, SICOOB Coimppa, UNIMED Belém, SICREDI Belém, SICREDI Verde, CAMTA, SICOOB Cooesa, UNIMED Sul do Pará, COOPERNORTE, SICREDI Belém, SICOOB Unidas, COOPABEN, CREDisis Belém e Sicredi Norte MT/PA.
“Tivemos ricas experiências de aprendizagem junto a colegas que demonstraram companheirismo, paciência e troca de conhecimentos. Sou agradecido a Deus pela oportunidade e à Unimed Sul do Pará pela indicação ao MBA. Evidente que vamos manter contato para a continuidade do constante processo que é a aprendizagem”, comentou o gerente administrativo da Unimed Sul do Pará, Klenio Santiago.
As aulas foram realizadas em Belém por professores das Faculdades Integradas de Taquara (FACCAT). A instituição possui atuação consolidada na formação de profissionais qualificados no cooperativismo com 10 turmas e 350 alunos nos cursos de pós-graduação em Gestão de Cooperativas em andamento nos Estados de Mato Grosso e Maranhão, além da cidade de Uruguaiana, no Rio Grande do Sul.
O Pará foi o primeiro Estado da região Norte a implantar o Curso de Pós-Graduação e Extensão (latu sensu) em Gestão de Cooperativas, ainda no ano de 2013. “Temos orgulho em formar a segunda turma de MBA no Pará. Nossa prioridade é promover a formação profissional dos cooperativistas paraenses, qualificando uma mão de obra local que se torna referência em todo o país. Sabemos o quanto as universidades ainda precisam aumentar a capilaridade do cooperativismo nas suas grades curriculares regulares e, com a conclusão dessas turmas de MBA, contribuímos para ampliar a produção acadêmica do segmento”, afirmou o presidente do Sistema OCB/PA, Ernandes Raiol.

A Região Metropolitana ganhará mais um ponto de atendimento da cooperativa Sicoob Unidas. Na próxima sexta (14), a singular financeira inaugura a sétima agência no Pará localizada na rodovia Augusto Montenegro, ampliando as soluções financeiras aos associados e as suas comunidades através do cooperativismo. A cerimônia ocorre a partir das 10h.
Atualmente, a SICOOB Unidas atua nos municípios de Ananindeua, Belém, Barcarena, Abaetetuba, Santa Izabel e Marituba. “Trabalhamos com um padrão de loja que prioriza conforto, segurança, comodidade e eficiência para os nossos associados. Levamos para o interior o mesmo tipo de padronização da agência que temos na capital, atendendo as exigências de mercado”, afirmou o presidente do Conselho de Administração da Sicoob Unidas, Carlos Edilson dos Santos
Em relação aos diversos bancos tradicionais, que já atuam na região, o cooperativismo de crédito apresenta várias vantagens. As cooperativas oferecem todos os serviços de uma rede bancária, tais como conta corrente, poupança, financiamentos, convênios (arrecadações), consórcios, seguros, câmbio, cartões de crédito, caixas eletrônicos. Além disso, o associado possui prazos e condições mais adequados para a concessão do crédito.
“É uma cooperativa nova, mas que já tem uma história construída de forma diferente. Estamos muito orgulhosos em poder contribuir com essa expansão. Com isso, estamos trazendo melhoria na qualidade de vida dessas comunidades, assim como emprego e renda. Todos saem ganhando”, afirma o presidente do Sistema OCB/PA, Ernandes Raiol.